Acusado por aliados políticos do prefeito Marcelo Belinati (PP) de ter articulado a inclusão da 17ª Regional de Saúde no escopo do decreto estadual que determinou a suspensão das atividades não essenciais, o deputado estadual Tiago Amaral (PSB) decidiu deixar a vice-liderança do governo na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná). Em um vídeo publicado pelo próprio deputado nas redes sociais, Amaral considerou a sua permanência no cargo, estratégico para Ratinho, como "insustentável".

Considerado um nome "forte" pelo grupo de Ratinho para disputar a Prefeitura de Londrina, Amaral considerou a permanência na vice-liderança "insustentável"
Considerado um nome "forte" pelo grupo de Ratinho para disputar a Prefeitura de Londrina, Amaral considerou a permanência na vice-liderança "insustentável" | Foto: Orlando Kissner/Alep

"A minha posição essa semana foi muito clara, de que neste momento deve ser delegado aos municípios que quiserem assumir a responsabilidade pela definição de quais atividades devem ser abertas. Porém, em virtude do posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde, que tomou seu posicionamento baseado nos seus números sem que isso fosse discutido comigo ou qualquer outro parlamentar que eu tenha ciência, a minha posição junto ao governo do estado ficou insustentável", disse o deputado.

Nesta semana, Amaral foi acusado pelo ex-vereador Jamil Janene (PP) em um áudio de ter articulado a inclusão da região de Londrina no escopo do decreto estadual, o que seria uma estratégia para "descredibilizar" o trabalho que vem realizando Belinati no enfrentamento à pandemia na cidade já que Amaral é cogitado como o nome do grupo de Ratinho para disputar a Prefeitura neste ano. "É um jogo político. Como é que manda fechar Londrina e não Maringá", questionou Janene em um vídeo.

Ainda na tarde deste sábado, servidores em cargos comissionados da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) disparam nas redes sociais uma reportagem em que o secretário de saúde de Maringá, Jair Biatto, admite que o número de casos causadas por Covid-19 na cidade poderia ser maior do que o que é informado pela Prefeitura do município vizinho.

Divulgada com o intuito de comparar o desempenho entre as duas prefeituras, a reportagem aponta crescimento de 233% no número casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), um dos principais sintomas da Covid-19, entre janeiro e o dia 20 de junho em Maringá, cuja regional de saúde não entrou no decreto do governador.