O guarda municipal e tesoureiro do PT (Partido dos Trabalhadores), Marcelo Arruda, foi morto a tiros pelo policial federal penal Jorge José da Rocha Guaranho, neste sábado (9), em Foz do Iguaçu. De acordo com informações de testemunhas, Arruda comemorava seu aniversário de 50 anos na sede da Aresfi (Associação Esportiva Saúde Física Itaipu) quando foi baleado pelo policial penal. Imagens nas redes sociais mostram que a festa era temática, com decoração em alusão ao candidato à presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Civil do Paraná chegou a confirmar a morte do policial, mas no final da tarde deste domingo (10), encaminhou nota à imprensa informando que Guaranho seguia internado em estado grave.

Participantes da festa contaram que o policial penal parou o carro em frente à associação e começou a gritar xingamentos aos petistas e a exaltar o presidente Jair Bolsonaro. Ainda segundo relato dos participantes, quando Arruda saiu para ver o que estava acontecendo, o policial teria lhe apontado a arma.

Imagem ilustrativa da imagem Tesoureiro do PT morre baleado por bolsonarista em Foz do Iguaçu
| Foto: Reproducao Facebook

Após discussão, Guaranho, que estava com a esposa e filho dentro do carro, teria acelerado o carro com a promessa de voltar e matar todo mundo no local. Neste momento, o guarda municipal foi até o carro e também pegou a arma dele.

Os participantes da festa contam que aproximadamente 20 minutos depois, o policial retornou e invadiu a associação com a arma em punho. Arruda, então, teria se identificado como guarda municipal antes de ser baleado duas vezes pelo policial.

Ao levar o primeiro tiro na perna, Arruda caiu e, em seguida, levou outro tiro nas costas. Em seguida, porém, o Guarda Municipal conseguiu revidar e acertou o policial penal com cinco tiros. O líder do PT morreu minutos depois de ser baleado. Já Guaranho foi levado para a UTI, onde seguia internado em estado grave.

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann lamentou a morte do companheiro de partido e classificou a 'tragédia' como 'fruto da intolerância de bolsonaristas.' Segundo nota do PT, Marcelo comemorava seu aniversário de 50 anos com familiares e amigos em uma festa na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu. O texto diz ainda que o bolsonarista, antes de cometer o crime, teria "interrompido a festa e ameaçado de armas na mão a todos os presentes".

Marcelo foi candidato a vice-prefeito em Foz do Iguaçu nas eleições de 2020. "Um policial penal, bolsonarista, tentou invadir a festa com arma. Trocaram tiros. Ambos morreram. Uma tragédia fruto da intolerância dessa turma", escreveu Gleisi.

Texto atualizado às 17h50 com a informação da Secretaria de Estado de Segurança Pública de que Guaranho seguia internado em estado grave, ao contrário do que haviam informado em nota anterior, que confirmava também a morte do policial

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