Dos 10 candidatos à Prefeitura de Londrina, cinco declararam bens acima de R$ 1 milhão: o advogado Carlos Scalassara (PT), que declarou R$ 4,62 milhões; o empresário Marcio Stamm (PODE), com R$ 4,61 milhões; o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), R$ 2,67 milhões; o delegado aposentado Águila Misuta (MDB), com R$ 2,66 mi, e o empresário Alvaro Junior (PV), R$ 1,84 milhão. A declaração foi informada no registro de candidaturas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Somados, o patrimônio dos 10 candidatos chegam a R$ 16,9 milhões, o montante é quase 460% acima do que o declarado pelos oito prefeituráveis de 2016, que juntos somavam bens que chegavam a R$ 3.036.925,64. O empresário Valter Orsi (PSDB) era o candidato com maior patrimônio nas últimas eleições, com valores declarados à época em R$ 1,28 milhão.

Imagem ilustrativa da imagem Somados, bens declarados de prefeituráveis chegam a R$ 16,9 milhões
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'MAIS POBRES'

Já em 2020 os candidatos que se declaram ser menos afortunados são Boca Aberta (Pros) e Junior Santos Rosa (Republicanos), que informaram R$ 15 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Mesmo terminando o segundo ano de mandato no Congresso, o deputado federal declarou possuir apenas uma bicicleta artesanal cargueira - ano 1999 com som amplificador profissional. Nas eleições municipais de 2016, quando disputou como vereador, ele também havia declarado apenas a bike, denominada "Grace Kelly", que à época estava mais valorizada: segundo ele, valia R$ 15,5 mil. Já o vereador Junior Santos Rosa, que está no terceiro mandato na Câmara Municipal, informou apenas R$ 10 mil em espécie e nenhum outro bem.

Entre os mais "ricos" está o advogado Carlos Scalassara, que listou bens imóveis como dois apartamentos, salas comerciais e terrenos e aplicações em fundo de renda fixa. Marcio Stamm concentra patrimônio em um condomínio na zona sul de Londrina e na empresa que possui. Ambos com bens declarados acima dos R$ 4 milhões, eles tiveram curta participação com cargo no primeiro escalão da prefeitura, mas nunca ocuparam cargos eletivos. O advogado petista atuou como procurador jurídico no primeiro mandato do governo Nedson Michelleti (2001-2004), e o empresário foi chefe de gabinete na gestão Alexandre Kireef (2013-2016) por três anos.

INVESTIMENTOS EM IMÓVEIS

Já o patrimônio de Barbosa Neto, que era de R$ 3,38 milhões em 2018, quando disputou para deputado federal, caiu para R$ 2,67 milhões neste ano, segundo o informado ao TSE. A maior parte do matrimônio é investido em um imóvel no Jardim Bela Suíça (zona sul). O Delegado Aguila investiu em bens em cinco casas, uma chácara e dois terrenos e três automóveis.

O deputado estadual Tiago Amaral (PSB), que está no segundo mandato na Assembleia Legislativa, listou apenas dois veículos, um quitado e outro financiado. Ele também teve "queda" em valor de patrimônio, de R$ 241 mil para R$ 141 mil, em comparação com as eleições de 2018.

Por sua vez, o prefeito Marcelo Belinati - que declarou na disputa de 2016 patrimônio de R$ 613 mil - agora listou cerca de R$ 606 mil, concentrados em uma casa em condomínio fechado e dois carros. Marcio Sanches, do PCdoB, tem R$ 136 mil, maior parte investido em dois bens imóveis. O empresário Alvaro Loureiro guarda R$ 700 mil em espécie e diversifica o restante em empresas no comércio varejista e imóveis.