Maceió, AL - A FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais) e demais sindicatos da PRF acusam o presidente Jair Bolsonaro (PL) de estimular os manifestantes a bloquearem as rodovias em vários estados do país, ao manter silêncio sobre a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no domingo (30).

Em nota conjunta divulgada nesta terça-feira (1º), as entidades alegam que, diante da postura adotada por Bolsonaro em não reconhecer a derrota, há uma dificuldade em "pacificar o país", além de estimular "parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras".

"A postura do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, em manter o silêncio e não reconhecer o resultado das urnas acaba dificultando a pacificação do país, estimulando uma parte de seus seguidores a adotarem ações de bloqueios nas estradas brasileiras", afirmam os sindicatos.

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Os sindicatos reiteram que cobram uma "postura firme" da direção do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, que detém a responsabilidade por "providenciar e disponibilizar os meios e a organização do efetivo necessários para dar cumprimento à desobstrução das rodovias federais".

"Nesse sentido, o sistema sindical dos PRFs segue cobrando uma postura firme da direção do DPRF, para prover os meios necessários para que a corporação cumpra suas funções constitucionais, garantindo assim o direito de ir e vir da população e resguardando a segurança e integridade dos policiais", dizem.

Por fim, a FenaPRF e os sindicatos da PRF reafirmam "o compromisso como o Estado Democrático de Direito" por entenderem que "o resultado das eleições de 2022 expressa a vontade da maioria da população e deve ser respeitado".

Em coletiva, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou no início da tarde desta terça que há 267 pontos de interdição ativos nas estradas federais de todo o país, com apoiadores de Jair Bolsonaro contestando o resultado das eleições.

A corporação disse que o estado com mais interdições é Santa Catarina, seguido por Pará e Mato Grosso, e que a Polícia Federal, a Força Nacional e a Polícia Militar foram mobilizadas para ajudar a liberar as rodovias.

"Estamos em uma operação sinérgica para restabelecer a ordem o quanto antes, liberar o trânsito nas rodovias e resolver o mais rápido possível, para garantir o direito de ir e vir dos cidadãos e o escoamento de mercadorias e pessoas nas rodovias federais", disse o diretor-executivo, Marco Antonio Territo.

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