Araruna - A servidora pública municipal, Elzira de Jesus Marques, 35 anos, da prefeitura de Araruna (19 km ao norte de Campo Mourão) ingressou com ação na Justiça contra ato de perseguição política do prefeito Renato Toaldo (PPS). Embora a juíza de direito da Comarca de Peabiru tenha indeferido o pedido para cancelar a portaria municipal que determinou o seu novo cargo e tenha negado à recondução ao cargo anterior, o Tribunal de Justiça (TJ) anulou a transferência da funcionária pública.
O relator do TJ, desembargador Antonio Lopes de Noronha, suspendeu a eficácia da portaria municipal até que o Executivo apresente uma resposta no prazo de 10 dias. O prefeito disse ontem que ''a Justiça ainda não decidiu o caso'' e negou que ''tenha perseguido politicamente a funcionária''. Segundo Toaldo, o prefeito tem autonomia para escolher onde o funcionário deve trabalhar, ''como rege o estatuto'', salientou, concluindo que ''ela voltou à função de origem''.
Elzira exerceu o cargo de chefe do Departamento de Pessoal por 19 anos e em março último foi transferida por Toaldo como auxiliar administrativa para a Capela Mortuária Municipal, que fica ao lado do cemitério, na saída da cidade. ''É uma situação muito constrangedora'', afirmou ela. Segundo Elzira, a transferência ocorreu em represália porque seu irmão, o vereador Genésio Marques de Souza (PSDB), foi eleito presidente da Câmara de Vereadores e faz oposição ao atual governo.
Elzira disse que está participando involuntariamente ''de um jogo muito pesado'' e que ''nunca se envolveu na política. Sempre permaneci neutra''. Ela nunca diz nunca ter tido problemas. Até mesmo, quando trabalhou como chefe do Departamento Pessoal durante os mandatos dos ex-prefeitos Hermes Campos Teixeira e Antônio de Jesus Rorato, os quais seu irmão já fazia oposição.