De um lado estrelas (símbolo do PT, de Ângelo Vanhoni). Do outro, corações (marca visual da campanha de Cassio Taniguchi). Assim estava ontem, último domingo antes do segundo turno, parte da avenida Manoel Ribas – no local mais movimentado de Santa Felicidade, bairro italiano de Curitiba, que concentra os grandes restaurantes e é o principal destino da classe média nos almoços de domingo.
As crianças recebiam pirulitos em forma de coração e bexigas com estrelas. Para os carros, havia adesivos ao gosto de cada eleitor: mais colorido, só com as logomarcas das campanhas ou só com o nome do candidato. Gibis e informativos também não faltaram.
Na última semana de campanha eleitoral, a briga parece ser entre quem consegue mobilizar o maior número de cabos eleitorais. Segundo o coordenador de mobilização da campanha de Taniguchi, Mário Edson, cerca de 700 pessoas estavam ontem em Santa Felicidade (região oeste da cidade).
‘‘Temos mais 300 voluntários trabalhando nos bairros e 2,4 mil nas regionais. Os que estão nas regionais estão ganhando R$ 10,00. Os outros são mesmo voluntários’’, afirmou. Como prova de que não está ganhando para militar na campanha, a consultora do Banco Mundial Yara Eisenbach mostrou as jóias que usava. ‘‘Não preciso ganhar R$ 10,00 por dia’’, disse.
Os militantes do PT estavam em menor número. Segundo a coordenadora da equipe de mobilização Dôri Tucunduva, havia 80 pessoas em Santa Felicidade e o material se restringia a adesivos e bexigas para as crianças. Os outros militantes estavam nos parques e iriam todos, às 19 horas, para o comício de Vanhoni, no bairro Xaxim (região sul).
Na opinião do contabilista Armando Gomes da Silva, morador de Santa Felicidade, a campanha está exagerada. ‘‘Não precisava tanto gasto com propaganda. O melhor seria buscar os votos com projetos. Aqui, com esse material, devem estar gastando milhões que poderiam ser melhor empregados’’, argumentou.