A pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes CNT/Instituto Sensus de outubro, realizada entre os dias 23 e 31, com 2 mil entrevistados, apontou que pelo voto estimulado o maior crescimento verificado foi o da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL). Em setembro, ela tinha 14,4% das intenções de voto e subiu para 19,1% em outubro, consolidando-se em segundo lugar, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, que teve 31,8% dos votos, pouco mais do que na pesquisa anterior, quando teve 31,3%.

O ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, também apresentou pequeno crescimento de 12% para 12,8%. O ministro da Sa© úde, José Serra, também cresceu de 4,2% para 4,8%. O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, caiu de 10,6% para 8,2% na preferência do eleitor, assim como o governador do Rio, Anthony Garotinho, que recuou de 9% para 7,6%, e Eneás Carneiro, de 4,3% para 2,8%.

Os votos de indecisos, os brancos e os nulos também tiveram queda de 14,6% para 13,1%. Também foram feitas pesquisas com outras simulações de disputa. Quando é retirado o nome do governador do Rio, Anthony Garotinho, há um crescimento generalizado de todos os demais candidatos, mas a maior beneficiária é Roseana, que cresce 2,7 pontos porcentuais. Quando é retirado o nome da governadora, na terceira simulação, o maior crescimento é do ministro José Serra.

Na pesquisa que inclui o governador do Ceará, Tasso Jereissati e não inclui Roseana Sarney, o candidato do PSDB teria 3,9%. Acrescentando o ministro da Educação, Paulo Renato, teria 3%. Na avaliação do presidente do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, o eleitor está tentando pinçar uma terceira via entre o candidato de oposição e o de governo. Essa terceira, segundo ele, já esteve representada por Ciro Gomes, Itamar Franco e Garotinho e agora a preferência recai sobre Roseana Sarney, que expressa o desejo de mudança do eleitor.

Eufórico com o resultado da pesquisa, o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), quer antecipar a data-limite para que os partidos aliados (à exceção do PMDB) comecem a definir os critérios para a escolha do cabeça de chapa. Ele acha que as conversações têm de começar até no máximo o dia 15 de dezembro, último dia de trabalho parlamentar. ''As conversas devem ser estabelecidas até o dia 15 de dezembro'', disse Bornhausen.

Ele afirmou que confia na possibilidade de os partidos da aliança que sustenta o presidente Fernando Henrique Cardoso manterem a coligação. ''Nós propomos a realização de primárias, mas aceitamos as prévias sugeridas pelo PPB'', disse. (Colaborou João Domingos)