A Justiça Eleitoral expediu nesta quinta-feira (14) o diploma de vereador para Roberto Fú e aos três suplementes do PDT (Partido Democrático Trabalhista). Isso porque na tarde de quarta-feira havia sido feita a recontagem dos votos da legenda, após o Tribunal Regional Eleitoral decidir em dezembro de 2020 em favor do deferimento da candidatura de Zezinho Fisioterapeuta, que estava com o registro indeferido na data do primeiro turno, mas conseguiu reverter a medida em segunda instância.

Imagem ilustrativa da imagem Roberto Fú é diplomado vereador após recontagem de votos do PDT

Computados os 1.080 votos obtidos por Zezinho, o PDT conquistou 8.473 votos válidos e ultrapassou o MDB na soma. Ou seja, o partido passa a ter direito à cadeira ocupada por Mario Correa Faria Junior, o Marinho, que chegou a ser diplomado em 18 de dezembro do ano passado e tomou posse entre os 19 vereadores no dia 1º de janeiro.

José Giuliangeli Castro, conhecido como Zezinho Fisioterapeuta, é deficiente visual há 27 anos e deixou de complementar sua prestação de contas referentes às eleições de 2018 porque a intimação não havia sido entregue em braille. O advogado Jordan Rogatte entrou com a ação no TRE, órgão que reconheceu que o candidato teria direito à intimação diferenciada, conforme assegurado pela Constituição Federal.

A decisão favorável ao PDT garantirá o quinto mandato consecutivo para Roberto Fú, o mais votado da legenda, com 1.844 votos. Os 1º,2º e 3º suplentes da sigla diplomados são respectivamente: Zezinho; Bernardo Pellegrini (nomeado secretário municipal de Cultura de Marcelo Belinati) e Lucas Alves da Silva. "É com muita satisfação que eu recebo essa notícia de ser reconduzido ao cargo. Estamos falando da cidade mais importante do interior do Paraná" disse Fú.

O vereador afirmou que pretende retomar o debate levantado por ele na última legislatura sobre o fim da cobrança da tarifa da Sanepar. "O projeto foi aprovado em primeira discussão e possivelmente deve ter sido arquivado. Queremos retomar a discussão porque se trata de uma tremenda injustiça com o contribuinte. Essa cobrança ilegal e imoral exige que se pague por algo que não se usou. Esse projeto já tramita em mais de 250 cidades".

A Câmara foi notificada pela 42ª zona eleitoral nesta quinta-feira sobre a diplomação. Segundo a assessoria de imprensa do Legislativo, pela Lei Orgânica do Município a Casa tem até 15 dias para emitir a posse de Fú. A Mesa Executiva deverá finalizar o procedimento até o dia 28 de janeiro. Com isso, o pedetista poderá estar presente na primeira sessão ordinária desta legislatura, marcada para o dia 2 de fevereiro.

Novo diretor da Câmara

O administrador de empresas Alexandre Fujita foi o escolhido para ser o diretor-geral da Câmara Municipal de Londrina, nomeado para o cargo pelo presidente da Casa, Jairo Tamura (PL). Fujita ocupava até o ano passado o cargo de diretor de operações da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização) e ainda na gestão Marcelo Belinati (PP) foi secretário municipal de Agricultura em curto período, entre abril de 2018 e janeiro de 2019, também por indicação de Tamura, então líder do prefeito no legislativo.

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| Foto: CML/arquivo

O salário de diretor-geral é de cerca de R$ 20 mil e a função é a principal no organograma da Câmara, responsável por dirigir toda parte administrativa, recursos humanos, comunicação e parte legislativa. Ao todo, a presidência da Câmara tem direito de indicar 18 assessores comissionados.