Eleito senador pelo Paraná em 2 de outubro, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) disse neste domingo (30), após o anúncio oficial do segundo turno, que pretende trabalhar pela união do país, mas adiantou que fará oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de janeiro. Já o ex-procurador de Justiça Deltan Dallagnol (Podemos), deputado federal mais votado no Estado, pediu apoio para enfrentar uma possível “perseguição” por parte do PT.

Brazilian former judge and Senator-elect Sergio Moro smiles before the start of the television debate between Brazilian former president (2003-2010) and presidential candidate for the Workers' Party (PT) Luiz Inacio Lula da Silva (PT) and Brazilian President and reelection candidate for the Liberal Party (PL) Jair Bolsonaro at the Globo TV studio in Rio de Janeiro, Brazil, on October 28, 2022. - After a bitterly divisive campaign and inconclusive first-round vote, Brazil will elect its next president on October 30, in a cliffhanger runoff between far-right incumbent Jair Bolsonaro and veteran leftist Luiz Inacio Lula da Silva. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)
Brazilian former judge and Senator-elect Sergio Moro smiles before the start of the television debate between Brazilian former president (2003-2010) and presidential candidate for the Workers' Party (PT) Luiz Inacio Lula da Silva (PT) and Brazilian President and reelection candidate for the Liberal Party (PL) Jair Bolsonaro at the Globo TV studio in Rio de Janeiro, Brazil, on October 28, 2022. - After a bitterly divisive campaign and inconclusive first-round vote, Brazil will elect its next president on October 30, in a cliffhanger runoff between far-right incumbent Jair Bolsonaro and veteran leftist Luiz Inacio Lula da Silva. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP) | Foto: Mauro Pimentel/AFP

“A democracia é assim. O resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade que temos com o Brasil. Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País. Estarei sempre do lado do que é certo! Estarei na oposição em 2023, respeitando a vontade dos paranaenses”, escreveu Sergio Moro no Twitter.

O ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública estava afastado de Jair Bolsonaro desde que deixou o governo, em abril de 2020, após acusar o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. Filiado ao Podemos, cogitou uma candidatura à Presidência, mas acabou se transferindo para o União Brasil e foi eleito senador. No debate entre Lula e Bolsonaro na Band, no último dia 16, ele voltou a aparecer ao lado de Bolsonaro e declarou apoio à reeleição.

Ex-coordenador da força tarefa da operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol pediu apoio aos eleitores. “Lula e o PT já nos perseguiram e prometeram mais vingança no futuro. Precisarei mais do que nunca do apoio de vocês para defender nossas causas no Congresso. Buscaremos juntos justiça, prosperidade e fortalecimento das liberdades, da família e do combate ao crime”, escreveu o ex-procurador de Justiça.

Dallagnol apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro e disse neste domingo que fará oposição ao governo de Lula. “Não existe democracia sem oposição. Lula é um retrocesso moral e econômico. Farei no Congresso oposição qualificada ao projeto de dominação e perpetuação no poder do PT. Defenderei o cumprimento da lei, políticas públicas com base em evidências e os valores cristãos”, disse. Dallagnol afirmou ainda que está “indignado” com a eleição de um “condenado por corrupção”.

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