Rivais de Lula, Moro e Deltan reafirmam oposição a futuro governo
Ex-líderes da Lava Jato prometem atuar como contraponto à gestão do petista no Congresso
PUBLICAÇÃO
domingo, 30 de outubro de 2022
Ex-líderes da Lava Jato prometem atuar como contraponto à gestão do petista no Congresso
José Marcos Lopes - Especial para a FOLHA
Eleito senador pelo Paraná em 2 de outubro, o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) disse neste domingo (30), após o anúncio oficial do segundo turno, que pretende trabalhar pela união do país, mas adiantou que fará oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir de janeiro. Já o ex-procurador de Justiça Deltan Dallagnol (Podemos), deputado federal mais votado no Estado, pediu apoio para enfrentar uma possível “perseguição” por parte do PT.
“A democracia é assim. O resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade que temos com o Brasil. Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País. Estarei sempre do lado do que é certo! Estarei na oposição em 2023, respeitando a vontade dos paranaenses”, escreveu Sergio Moro no Twitter.
O ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública estava afastado de Jair Bolsonaro desde que deixou o governo, em abril de 2020, após acusar o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. Filiado ao Podemos, cogitou uma candidatura à Presidência, mas acabou se transferindo para o União Brasil e foi eleito senador. No debate entre Lula e Bolsonaro na Band, no último dia 16, ele voltou a aparecer ao lado de Bolsonaro e declarou apoio à reeleição.
Ex-coordenador da força tarefa da operação Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol pediu apoio aos eleitores. “Lula e o PT já nos perseguiram e prometeram mais vingança no futuro. Precisarei mais do que nunca do apoio de vocês para defender nossas causas no Congresso. Buscaremos juntos justiça, prosperidade e fortalecimento das liberdades, da família e do combate ao crime”, escreveu o ex-procurador de Justiça.
Dallagnol apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro e disse neste domingo que fará oposição ao governo de Lula. “Não existe democracia sem oposição. Lula é um retrocesso moral e econômico. Farei no Congresso oposição qualificada ao projeto de dominação e perpetuação no poder do PT. Defenderei o cumprimento da lei, políticas públicas com base em evidências e os valores cristãos”, disse. Dallagnol afirmou ainda que está “indignado” com a eleição de um “condenado por corrupção”.
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