Reunião com Renan Filho sobre Contorno Leste será no dia 7 de fevereiro
Turini afirma que, além da inclusão da obra no Lote 3, as lideranças devem discutir o fim do ramal ferroviário entre Londrina e Ourinhos
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domingo, 21 de janeiro de 2024
Turini afirma que, além da inclusão da obra no Lote 3, as lideranças devem discutir o fim do ramal ferroviário entre Londrina e Ourinhos
Douglas Kuspiosz - Reportagem Local
A reunião entre lideranças da região de Londrina e o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), está marcada para o dia 7 de fevereiro. Será a oportunidade de discutir a inclusão do Contorno Leste de Londrina no Lote 3 do pedágio. A informação foi confirmada à FOLHA neste domingo (21) pelo deputado estadual Tercílio Turini (PSD).
“Acredito que o governo [federal] já tenha um posicionamento, já tenha o convencimento. Tomara que o ministro dê uma declaração pública dizendo que a obra está garantida, que está definida”, diz Turini, reforçando que “o momento é agora” para resolver essa questão. “Depois que for feita a licitação e assinado o contrato, não tem mais como mexer nessa questão da concessão.”
O deputado ressalta que, no seu ponto de vista, o melhor seria colocar o Contorno Leste no Lote 3, mas que o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, por exemplo, já falou em colocar no Lote 4 - que já prevê o Contorno Norte de Londrina.
“Vamos fazer essa discussão, porque já tinha uma manifestação anterior do ministro que seria incluído no Lote 3”, argumentando que o Lote 3 não está “tão sobrecarregado” e que, portanto, poderia receber o contorno. “Mas, para nós, o importante é que a obra seja incluída. Não podemos perder essa oportunidade”.
A mobilização regional pela obra ocorre porque será uma relevante intervenção para a região de Londrina. Com cerca de 23 quilômetros de extensão, vai da PR-445, na chegada de Curitiba, até a BR-369, na divisa entre Londrina e Ibiporã.
O que pode pesar a favor da obra nessa discussão é a duplicação da PR-445, que será concluída pelo governo do Estado, e o acordo feito para o Contorno de Arapongas, saindo das obrigações da futura concessionária.
“O governo federal, através do Ministério dos Transportes, pode fazer esses ajustes enquanto [os lotes] estão sendo analisados. O TCU, de modo geral, demora alguns meses para fazer toda a análise”, acrescentando que a ida dos deputados estaduais, federais e do prefeito Marcelo Belinati (PP) a Brasília será importante para a “reafirmação do Contorno Leste”. “Estávamos aguardando desde o final do ano passado”.
RAMAL FERROVIÁRIO
Além de reivindicar a realização do Contorno Leste, as lideranças devem colocar em pauta a paralisação do ramal ferroviário entre Londrina e Ourinhos (SP). A concessionária Rumo desativou o trecho com a justificativa de falta de demanda comercial. Turini, ao lado do deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD), pediu providências à ANTT sobre a suspensão do ramal. “É um assunto que vamos debater no dia 7”.
As atividades foram interrompidas no último dia 16. Conforme um especialista ouvido pela FOLHA, a paralisação pode fazer com que empresas estabelecidas ao longo do trajeto migrem para outras regiões, assim como pode levar ao aumento no preço de produtos, já que o transporte rodoviário é mais caro e poluente do que o ferroviário. Com cerca de um século de história, a ferrovia São Paulo-Paraná é um canal de transporte de cargas como combustíveis, fertilizantes e grãos dos mais diversos tipos.