Profissionais e entidades ligados à cultura local lotam parte das galerias da Câmara Municipal de Londrina (CML) na sessão da tarde desta quinta-feira (15) para pressionar o parlamento local contra as emendas do vereador Santão (PSC) que, conforme adiantado pela GRUPO FOLHA na segunda-feira (12), retiram R$ 2 milhões do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (Promic) dentro do orçamento de 2023.

A peça orçamentária será votada em segunda discussão (ou seja, em definitivo). O clima está tenso já desde o início da tarde e o debate precisou ser interrompido mais de uma vez, pois tem havido bate-boca entre o grupo contrário e pessoas favoráveis à medida de Santão – que, em menor número, ocuparam a outra metade das galerias da Casa.

Pouco antes das 15h, o vereador deixou o plenário para, segundo ele, comparecer a uma audiência judicial relativa a seu trabalho de policial rodoviário federal. Vaiado por manifestantes contrários às emendas, o vereador discutiu com o grupo: “Vocês comprovam que não merecem o dinheiro público”, disse.

“Eu penso que saúde, educação e segurança são prioridades. A manipulação da cultura é a forma mais sórdida de dominação”, alegou o vereador ao retornar para a sessão. “A gente não está aqui para digladiar. A beleza da democracia é você poder discordar das outras pessoas”, contemporizou logo em seguida.

“Eu consultei os secretários e nenhum deles estava sabendo da sua emenda”, argumentou o líder do prefeito Marcelo Belinati (PP), Mestre Madureira (PP), ao apontar que a alteração, conforme o Executivo, prejudica o planejamento orçamentário do município para o próximo ano. “Os secretários preferem que o dinheiro entre como aditivo em janeiro do que emenda”, defendeu.

Matéria em atualização.