Resultado do FPM é positivo, mas demanda cautela, avalia Amepar
Governo federal paga nesta terça-feira (10) o 1° decêndio de junho de 2025.
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segunda-feira, 09 de junho de 2025
Governo federal paga nesta terça-feira (10) o 1° decêndio de junho de 2025.
Douglas Kuspiosz

O governo federal paga nesta terça-feira (10) o primeiro decêndio de junho do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), um valor superior a R$ 8,5 bilhões. Em comparação com o mesmo decêndio de 2024, o crescimento é de 2,31%, de acordo com estudo divulgado pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios).
Apesar de ter sido registrada uma queda de 2,40% nos valores quando a inflação é desconsiderada, a entidade aponta que, desde 2023, o fundo tem crescimento real de 22,36% no primeiro decêndio de junho.
“Considerando o ano de 2025, o FPM cresceu, em termos nominais, 8,71% em relação ao mesmo período do ano anterior (+8,20 bilhões). Ao se retirar o efeito da inflação do período, é possível observar um crescimento real de 3,44%. Na comparação com o ano de 2023, a expansão foi de 23,29% em termos nominais e de 12,62% em termos reais”, afirma a CNM.
O estudo da Confederação aponta que os 399 municípios paranaenses receberão R$ 457,8 milhões nesta terça-feira.
Para o presidente da Amepar (Associação dos Municípios do Médio Paranapanema), Conrado Scheller (PSD), prefeito de Cambé (Região Metropolitana de Londrina), é necessário fazer uma análise profunda sobre o FPM. O crescimento no período é positivo, mas ainda não acompanha as dificuldades econômicas do Brasil - ele cita como exemplo a taxa Selic, que está em 14,75% ao ano, e o crescimento vegetativo da folha de pagamento das prefeituras.
“Precisamos que o governo federal continue com esse crescimento do FPM, mas também das reformas estruturantes para trazer uma segurança tributária para o empreendedor”, avalia Scheller, que entende que o governo precisa “cortar na própria carne”. “Reduzir despesas, porque o controle de juros do país só ocorre com a demonstração de que as contas estão controladas.”
Frente a esse cenário, o presidente da Amepar entende que os municípios precisam manter a cautela quando o assunto é contas públicas.
“Não é o momento de aumentar a despesa de forma descontrolada. Esse é o momento de muita análise do mercado, de como o governo vai se comportar”, aponta Scheller. “O conselho é que os municípios continuem, ainda, com sinal de atenção.”
DEMANDAS
À frente da Amepar, Scheller afirma que a entidade está fazendo um levantamento com prefeitos da região para identificar quais são as principais demandas.
“Nós vamos reestruturar a Amepar com base naquilo que os prefeitos e prefeitas nos passaram através desse diagnóstico. Precisamos conhecer as necessidades dos municípios e, aquilo que for comum, a gente trabalha para resolver esse problema de várias cidades ao mesmo tempo”, reforça.

