A concretização dos projetos das Regiões Metropolitanas do Paraná não deve sair antes de 2021. O primeiro passo para que a organização de novos planos para o entorno das grandes cidades do está prestes a ser iniciado, a licitação para a contratação da empresa que irá promover os estudos sobre a viabilidade dos PDUI (Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado) de três regiões que teriam como centro Londrina, Maringá e Cascavel, além da revisão do plano atual de Curitiba.

Londrina está entre as regiões metropolitanas que demandarão estudos para o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado
Londrina está entre as regiões metropolitanas que demandarão estudos para o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado | Foto: Anderson Coelho/ Arquivo Folha 26-07-2018

Esses planos dão diretrizes e oferecem orientações para áreas como mobilidade urbana e regional, uso e ocupação do solo, meio ambiente, saneamento básico, destinação de resíduos sólidos, habitação, desenvolvimento social e saúde. “Processos licitatórios sempre são delicados, pode haver imprevistos, mas, em princípio, até o fim de fevereiro deve ser concluído. Depois a expectativa é que os estudos fiquem prontos até novembro”, explicou a arquiteta Maria Inês Perdeck, da equipe do Paranacidade, órgão ligado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano.

Enquanto os estudos oficiais aguardam ser iniciados, uma série de audiências públicas e reuniões com pessoas estratégicas para estão sendo planejadas para o decorrer do ano. Segundo informações de bastidores do Palácio Iguaçu, o assunto é tratado como uma das prioridades do governador Ratinho Junior (PSD), que foi secretário de Desenvolvimento Urbano, entre 2015 e 2017. Após a elaboração do estudo, serão encaminhados à AL (Assembleia Legislativa do Paraná) para a criação das coordenações das regiões metropolitanas. “Por enquanto as estruturas não existem de fato. Mas o que já está claro é que não poderemos ter uma região metropolitana com mais de 20 municípios. Devem ser no máximo seis. É o mais viável, os demais têm de ser vistos de forma regional”, avaliou Sandra Moya, chefe do Núcleo Regional da Casa Civil em Londrina, posto do governo do estado que corresponde à antiga Comel (Coordenadoria da Região Metropolitana de Londrina).

No legislativo o debate sobre o tema também terá destaque, na Comissão de Relações Federadas e Assuntos Metropolitanos da Assembleia Legislativa. A disposição dos membros do organismo, presidida pelo deputado Michele Caputo (PSDB), é de discutir os temas mais áridos, como o caso, por exemplo, como o subsídio concedido para o transporte público na região de Curitiba e não para as demais cidades do Paraná. “Será um ano de reafirmação e definição de trabalhos, que faremos reuniões para ouvir o que o cidadão metropolitano, do interior do Paraná, pensa e trazer para cá. Algumas destas reivindicações devem se transformar em legislação”, concluiu Caputo.