Reforma do Museu de Arte de Londrina fica 1,7% mais barata
Empresa deverá tocar a obra por R$ 1,719 milhão. Prazo é de sete meses após a assinatura da ordem de serviço
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
Empresa deverá tocar a obra por R$ 1,719 milhão. Prazo é de sete meses após a assinatura da ordem de serviço
Douglas Kuspiosz - Reportagem Local

A Prefeitura de Londrina homologou na última sexta-feira (17) o resultado da licitação para reforma do MAL (Museu de Arte de Londrina), que está de portas fechadas desde 2019. O edital previa uma despesa de R$ 1,750 milhão, mas a empresa NS Engenharia e Construções ofereceu R$ 1,719 milhão, o que representa um desconto de 1,7%. No total, foram apresentadas 12 propostas.
O prazo para conclusão da revitalização é de sete meses (210 dias) após o recebimento da ordem de serviço pela empresa contratada. O prédio foi tombado em 2021 como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e desde 1974 é reconhecido como Patrimônio Estadual do Paraná.
O espaço, entregue à comunidade em 1952, foi a quarta rodoviária de Londrina, tendo sido projetada pelos arquitetos Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi. O Museu abriu em 1993, com a escultura "A Eterna Primavera", de Auguste Rodin, na exposição inaugural.
A reforma do edifício começou em 2019, com investimento de R$ 1,2 milhão. A obra foi entregue em 2020, mas o londrinense não teve mais acesso ao equipamento cultural, que permanece de portas fechadas.
Com a homologação do resultado, a previsão é que a ordem de serviço seja assinada nos próximos dias e o prazo de sete meses comece a correr.
A revitalização será custeada com pouco mais de R$ 1 milhão da Lei Aldir Blanc, R$ 420 mil do Ministério do Turismo, através de uma emenda do deputado federal Padovani (União Brasil), e cerca de R$ 324 mil dos cofres do município.
Como é um espaço tombado, o restauro não pode alterar as características principais de sua estrutura. As intervenções incluem substituição das instalações elétricas, novas luminárias, adequação das instalações hidráulicas e novos revestimentos cerâmicos nos banheiros e copa. Também está prevista a impermeabilização da marquise da entrada e das paredes do subsolo, instalação de sistema de monitoramento e alarme, trabalhos de paisagismo na fachada da rua Sergipe e pintura geral.
Haverá troca dos pisos do subsolo e do segundo andar; os pisos do térreo e do primeiro andar são originais e serão mantidos.
PORTAS FECHADAS
Outro equipamento cultural que segue fechado em Londrina é o Teatro Zaqueu de Melo. A Prefeitura já recebeu a doação de um projeto para revitalização, mas ainda não há previsão de quando a licitação será lançada. Estudos complementares ainda deverão ser realizados.
O secretário municipal de Cultura, Lazer e Entretenimento, Marcos Castri, o Marcão Kareca, ressaltou à FOLHA que a reforma do Zaqueu de Melo atenderá às exigências da legislação, uma vez que o prédio também é tombado, e que será feita da forma "mais célere possível". A sua nomeação, na última quinta (16), ocorreu em um evento no Teatro.
Já o Teatro Municipal, que está com a obra parada há mais de uma década, terá seu projeto atualizado neste ano, ao custo de R$ 1 milhão.

