PSD e PL caminham juntos em municípios da região de Londrina
Uma das únicas grandes cidades com embate entre PSD e PL será Arapongas, com Rafael Cita e Jair Milani em lados opostos
PUBLICAÇÃO
quinta-feira, 08 de agosto de 2024
Uma das únicas grandes cidades com embate entre PSD e PL será Arapongas, com Rafael Cita e Jair Milani em lados opostos
Douglas Kuspiosz - Reportagem Local
O cenário das eleições municipais na RML (Região Metropolitana de Londrina) ficou mais claro após as convenções partidárias, encerradas na última segunda-feira (5). Confirmando a aliança entre o governador Ratinho Junior (PSD) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), várias cidades terão chapas compostas pelas duas legendas. As coligações organizadas pelos dois cabos eleitorais também conseguiram aglutinar o maior número de partidos.
É o caso de Cambé, que tem entre seus cinco candidatos o prefeito Conrado Scheller (PSD), que busca a reeleição com apoio de Ratinho. O pessedista foi eleito em 2020 com 31,90% dos votos e tenta um novo mandato com a coligação “Vamos juntos”, que inclui Avante, MDB, PL, PRD, PSB, Republicanos e União Brasil. O vice será José Carlos Camargo (PL).
O candidato do PDT será Alcides Alexandrino, acompanhado de Irineu Defende (PDT) na vice. A coligação “Por uma Cambé melhor” conta com o Agir. A Federação Brasil da Esperança (PT/PV/PCdoB) confirmou a candidatura de Jorge Teodoro (PV) e Maria José (PT) aos cargos de prefeito e vice-prefeita, respectivamente.
A coligação "Cambé de um jeito novo" (Novo/PMB/PRTB) traz Paulo Soares e Arisia Mendes Gonçalves, ambos do Novo, como candidatos. Também concorre a prefeito Luiz Carlos Vermelho (PP), com Leonel Bacinello (PP) como vice.
IBIPORÃ
Em Ibiporã, o prefeito José Maria Ferreira (PSD) vai disputar a reeleição. Em 2020, ele foi eleito com quase 70% dos votos. A vice será Maricélia Soares de Sá (PL). A coligação "Unidos por Ibiporã" terá, além de PSD e PL, Republicanos, MDB, PDT, União Brasil, Avante, Solidaridade e Federação PSDB/Cidadania.
A novidade neste pleito da cidade é a presença de uma figura conhecida do londrinense. O ex-deputado federal Emerson Petriv, o Boca Aberta, é o candidato do PMB. O vice é Alincson João Morais, do mesmo partido.
O terceiro nome concorrendo ao Executivo é João Toledo Coloniezi (PSB), que terá ao seu lado Júlio Cesar Folego (PV) como vice. "Ibiporã de paz e trabalho" é o nome da coligação.
ROLÂNDIA
Também apoiado por Ratinho Junior, o prefeito Ailton Maístro (PL), de Rolândia, tentará a reeleição em outubro. Há quatro anos, ele foi eleito com 43,75% dos votos. O vice na chapa será Horácio Negrão (PSD). A coligação "Rolândia: quem ama cuida" inclui PP, PRD, PRTB e Novo.
Alex Santana (MDB) será o candidato da coligação "Rolândia para todos", ao lado de Marcos Diego da Silva (União Brasil). PSB e Republicanos também estão coligados.
A disputa também terá Marcio Vinícius (Podemos), que forma chapa pura com Sonia Lachner.
ARAPONGAS
Em Arapongas, a eleição caminha para colocar em lados opostos o PSD de Ratinho Junior e o PL de Jair Bolsonaro.
O ex-secretário Rafael Cita (PSD), apoiado pelo prefeito Sergio Onofre (PSD) e pelo governador, vai para a disputa ao lado de Édina Kummel (PP). A coligação "Pra frente Arapongas" conta ainda com Republicanos, PDT, PRD, DC, Novo, PSB, União Brasil e Federação PSDB/Cidadania.
Seu opositor será o vice-prefeito de Arapongas, Jair Milani (PL), com Guto Grassano (Avante) na vice. Outros partidos que compõem a coligação "Experiência e competência comprovadas" são MDB, Podemos e PMB.
UNIÃO DE FORÇAS
O advogado e cientista político Marcelos Fagundes Curti acredita que o fenômeno que vai ditar o rumo das disputas eleitorais na região de Londrina será a soma de forças entre o governador Ratinho Junior e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Não são poucos os municípios em que a aliança entre as duas lideranças se concretizou, e PSD e PL têm ganhado cada vez mais espaço na RML.
“Se, por um lado, soa impressionante a habilidade do governador em articular a dobradinha entre as duas agremiações partidárias com o objetivo de evitar o confronto entre essas duas forças políticas, sob pena de ambas correrem o risco de sair enfraquecidas nessas eleições, por outro lado, a união de forças entre os dois partidos traz consigo a preocupação quanto ao equilíbrio do jogo democrático”, afirma Curti.