Membros da campanha Fora, Bolsonaro esperam maior adesão nas manifestações em defesa do impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) previstas para sábado (3) em todo país, incluindo mobilização no calçadão de Londrina às 16 horas com concentração em frente ao Teatro Ouro Verde. Essa é a terceira vez que pessoas contrárias ao presidente saem às ruas da cidade desde o início da pandemia – o primeiro protesto foi no dia 29 de maio e o segundo foi realizado no dia 19 de junho.

No dia 29 de maio foi realizado o primeiro protesto Fora, Bolsonaro em Londrina
No dia 29 de maio foi realizado o primeiro protesto Fora, Bolsonaro em Londrina | Foto: Arquivo FOLHA

As novas suspeitas de irregularidades na aquisição de vacinas contra a Covid-19 e o caso Covaxin - novo alvo da CPI da Covid desde semana passada- movimentaram as mobilizações que até então não tinham foco principal o tema corrupção. Na última semana um super pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados reuniu desde membros do MBL (Movimento Brasil Livre) a partidos de esquerda como PT e Psol, mas foi engavetado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Hoje a Campanha Fora, Bolsonaro é majoritariamente de esquerda, mas nacionalmente há mais partidos de centro e até de direita aderindo ao movimento. Integrante do Comitê Unificado de Londrina, Fernand Silva, diz que a campanha em Londrina une várias frentes progressistas, mas começa a abrir espaço para outras movimentos de outros espectros políticos. "A gente aqui em Londrina tem se aproximado de algumas outras organizações e partidos, como o Cidadania que estará conosco neste sábado." A segunda manifestação teve novas adesões –centrais sindicais, o Movimento Acredito e siglas como PSB, PDT e Rede.

Fernand acredita que ao contrário do pedido de impeachment assinado na Câmara, a mobilização não terá espaço, por exemplo, para membros do MBL. "Aqui em Londrina não acredito que o MBL e outros partidos de direita tenham espaço. São organizações oportunistas e gente espera que eles não apareçam para tomar conta da pauta do impeachment. Essas organizações não compartilham dos mesmos ideais. Pedimos vacina no braço, comida no prato, mais empregos, luta por justiça social." (com Folhapress)