Em uma tentativa de, por meio da opinião pública, dar mais força a projetos de lei que, apesar de ainda não aprovados, prometem resolver demandas do transporte por aplicativos em Londrina, vereadores da cidade promovem nesta quarta-feira (10), às 14h, uma audiência pública para debater essas propostas junto aos motoristas do segmento.

Vereadores cobram prefeitura por regulamentação do setor
Vereadores cobram prefeitura por regulamentação do setor | Foto: iStock

A agenda, que será na própria Câmara Municipal de Londrina (CML), é promovida pelos autores das matérias: Giovani Mattos (PSC), Jessicão (PP) e Mara Boca Aberta (Pros). Representantes do Executivo local, tal como a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), também foram convidados para o encontro.

Cada vez mais em rota de colisão com Marcelo Belinati (PP), Jessicão, do mesmo partido do prefeito, afirmou que a iniciativa servirá para pressionar o Executivo a priorizar ações em favor dos condutores.

Dos três textos, o assinado pela pepista – projeto de lei 186/2021 – é o que está tramitando há mais tempo na Casa, desde agosto de 2021. Apresentado um ano depois, o PL 166/2022 é encabeçado por Mattos e aborda o mesmo objetivo. Ambos tratam da reserva de vagas para facilitar o embarque e desembarque de passageiros.

Jessicão adiantou que não pretende retirar sua matéria de pauta. “A minha conversa é que os vereadores que trouxeram ideias depois tragam para a gente e a gente coloque como emenda do projeto.”

O vereador, por sua vez, disse não haver problemas em reunir as duas ideias em uma proposta única. “É uma profissão ser motorista de aplicativo. Nós precisamos dar mais segurança, achar uma forma de regularizar o serviço na cidade”, acrescentou Mattos.

Cooperativa de motoristas

Já o texto protocolado por Boca Aberta (PL 19/2022) se inspira em um aplicativo lançado há pouco mais de um ano em Araraquara, no interior de São Paulo. Com auxílio da prefeitura na formação de uma cooperativa de motoristas, o “Bibi Mob” passou a operar na cidade com uma taxa de 95% da tarifa da corrida revertida ao próprio condutor.

“O aplicativo funciona muito bem. Nós discutiríamos essa questão de quanto seria para a cooperativa gerir o serviço para que pudessem ser cobradas menos taxas desses motoristas. Somos uma cidade de tecnologia, nós podemos desenvolver esse aplicativo”, defendeu a parlamentar.

A expectativa, conforme a CML, é de galerias repletas nesta quarta-feira, já que o próprio horário da audiência pública foi definido a pedido de motoristas. “Sei que o pessoal vai trazer muita reclamação, mas eu acredito também que vai chegar muita sugestão, porque vários municípios do Brasil aderiram políticas públicas para abraçar o motorista de aplicativo”, apontou Jessicão.

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