O debate em torno do projeto que autoriza a Prefeitura a instalar detectores de metais nas unidades educacionais do município voltou a predominar na Câmara Municipal de Londrina (CML). Tramitando em regime de urgência, o PL 61/2023 acabou aprovado nesta terça-feira (18) em segunda discussão e também em redação final — assim como durante a apreciação em primeiro turno, na quinta-feira (13), a votação a favor do texto foi unânime.

Ainda assim, vereadores como Deivid Wisley (Pros) e Jessicão (PP) cobraram da administração de Marcelo Belinati (PP) que atenda reivindicações como a presença mais constante de agentes da Guarda Municipal (GM) patrulhando as unidades de ensino.

“Não adianta colocar detector de metal se o muro é baixo e não tem segurança nenhuma. Não é culpa do guarda municipal, acho que é culpa da administração. Para resolver o problema, faça concurso”, criticou Wisley. Já o autor do projeto, Giovani Mattos (PSC), prometeu que a discussão sobre quem deve fazer a segurança do ambiente escolar vai continuar.

Com a aprovação em definitivo, resta agora ao prefeito decidir se irá transformar o PL em lei. A proposta estabelece que a medida seja regulamentada em 90 dias e colocada em prática a partir de 2024.

Emenda sobre revista

O PL foi aprovado com uma emenda de Lenir de Assis (PT). A modificação estabelece que, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), não haja contato físico entre o responsável por uma eventual revista e os estudantes. “Temos várias situações que porventura levariam essas crianças a uma situação vexatória”, disse a vereadora.