A coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública da UEL, Vera Suguihiro, diz que trabalho exigiu quebra de paradigmas
A coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública da UEL, Vera Suguihiro, diz que trabalho exigiu quebra de paradigmas | Foto: Vivian Honorato/NCom


A Prefeitura de Londrina exibiu nesta terça-feira (30) os resultados da parceria com o Nigep (Núcleo Interdisciplinar de Gestão Pública) da Universidade Estadual de Londrina firmado em setembro do ano passado e que vem promovendo economia e agilidade no andamento de processos licitatórios. Na ocasião, houve a assinatura do prefeito Marcelo Belinati (PP) do acordo de cooperação técnica.

Segundo a Secretaria Municipal de Gestão Pública, após realizado mapeamento de 160 licitações em curso no ano passado foi possível reduzir a duração média de 167 dias para 93 a considerar desde o lançamento da licitação até a assinatura do contrato.

Já no quesito economia, o secretário de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, afirma que a análise possibilitou a aquisição de 1.352 itens com preços mais baixos entre janeiro e setembro deste ano. Com isso, o município poupou R$ 3,45 milhões. Cavazotti destaca economia, também, na aquisição de 235 medicamentos, em que em comparação com a compra anterior houve redução de 70% no preço, permitindo uma sobra de R$2,2 milhões.

"Sem essa parceria com a Universidade, a participação dos professores, nós não conseguiríamos ter este avanço. Os servidores são muito bons, temos uma boa estrutura, mas nos falta sim uma estrutura de planejamento, foi isso que a universidade nos ajudou de forma extraordinária", avalia.

AVALIAÇÃO
Segundo a coordenadora do Nigep, a professora Vera Lúcia Suguihiro, o trabalho começou com um levantamento para se descobrir em que momento se encontrava cada processo licitatório e o que exatamente o atrasava. Suguihiro pondera que existiam questões eminentemente ligadas ao processo administrativo em si, mas, também, outras da cultura organizacional dos servidores, quando o discurso do "sempre foi feito assim" acabava predominando, o que exigiu uma quebra de paradigmas.

"Receber o processo, analisar de uma forma pontual e passar o processo para frente. Acontece que ao passar ele deixou para trás uma série de itens que deveriam ser atentados e aí o processo vai para outro setor que identifica estes problemas e volta para o setor original. Nesta caminhada se leva 30, 40 dias", explica.