O Movimento em Defesa do Patrimônio Público em Maringá promoveu ontem uma passeata em apoio à ação do Ministério Público, que conseguiu o sequestro das colheitadeiras de Gianoto, compradas com dinheiro público. Poucas pessoas participaram da passeata, apesar da concentração ter ocorrido no Estádio Willie Davids, onde acontece a Feira do Produtor, que atrai mais de 30 mil pessoas às quartas-feiras. Os cerca de 30 manifestantes marcharam do estádio até a Praça Raposo Tavares, onde estão as máquinas.
Os organizadores entregaram uma nota informando sobre a apreensão das máquinas. Poucos se interessaram em acompanhar a passeata. ‘‘O importante é que estamos conscientizando a população sobre o processo, e principalmente conseguindo resgatar parte do que foi desviado’’, afirmou o advogado Alberto Abrão Wagner da Rocha, do movimento. Ele concorda que é praticamente impossível recuperar tudo que foi desviado, mas acha que a população tem que acompanhar e cobrar resultados. Os desvios devem passar de R$ 100 milhões.
O advogado garantiu que o movimento volta a se articular. ‘‘Estamos incentivando os moradores de edifícios a instalar faixas de protesto’’, afirmou. Ontem, a maioria das faixas, algumas feitas por moradores de bairros da cidade, pedia a prisão de Gianoto. ‘‘O Paolicchi está preso há mais de 80 dias, prestes a ser liberado e ninguém mais foi preso’’, reclama Rocha. Na praça, a passeata foi recebida pelo prefeito José Cláudio (PT) e secretários.