Petista preferiu não usar 'munição' contra adversário
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segunda-feira, 09 de outubro de 2000
Da Redação De Curitiba
Mesmo provocado em alguns momentos, o candidato à prefeitura de Curitiba pelo PT, Ângelo Vanhoni, manteve durante o debate de anteontem à noite sua postura de tentar, a todo custo, dissociar sua imagem da ideologia petista. O povo quer um debate a respeito do futuro da cidade e, além disso, a reforma agrária é um problema nacional, justificou o petista em entrevista, logo após o programa.
Ao fazer essa opção, Vanhoni desprezou uma farta munição contra o PFL, partido de seu oponente, e o grupo político do governador Jaime Lerner. Poderia ter associado o PFL, por exemplo, aos desvios já comprovados de R$ 226 milhões da Banestado Leasing.
Outra munição que poderia ter sido utilizada pelo candidato da oposição é o aumento de mais de 100% do pedágio nas estradas paranaenses em março, após a reeleição de Lerner. Para se preservar, o petista ignorou o elo entre candidato e partido. Cassio, no entanto, associou Vanhoni a invasões de áreas urbanas supostamente patrocinadas pelo PT e a discursos radicais a favor de greves e até ocupações de fábricas.
Vanhoni negou qualquer vinculação com as duas acusações. Na primeira, justificou que as invasões são espontâneas e estariam acontecendo por falta de uma política habitacional eficaz da prefeitura. Com relação ao segundo questionamento, o petista negou conhecer os documentos do PT que supostamente estimulariam as práticas levantadas pelo candidato pefelista. (V.D.)