Pesquisa Instituto Opinião: Ratinho Jr. tem 50% e Requião, 22%

No levantamento do Instituto Opinião, divulgado nesta quarta-feira (31), o candidato à reeleição Ratinho Junior (PSD) aparece com 50% das intenções de voto para o governo do Paraná, seguido do ex-governador Roberto Requião (PT), com 22%. Ricardo Gomyde (PDT) tem 2%, e a Professora Angela (PSOL), 1%. Trata-se da primeira pesquisa de intenção de votos realizada após o início do horário eleitoral na televisão e no rádio, que começou a ser veiculado no dia 26 de agosto. O Opinião entrevistou presencialmente 1,2 mil pessoas em todo o Paraná entre os dias 28 e 30 de agosto. Os demais candidatos não pontuaram. Somados, os indecisos e os que preferiram não opinar são 15%. Semana passada, a RPC divulgou pesquisa do Ipec (ex-Ibope) que mostrava Ratinho Jr. com 46%, Requião 24%, Professora Angela 2% e Gomyde 1%.

O levantamento do Instituto Opinião também mostra que, se a eleição fosse hoje, na soma dos votos válidos - descontados os votos em branco e os nulos -, Ratinho Junior teria 65%; Requião, 29%; e Gomyde, 3%. Ou seja, a pesquisa aponta que o governador Ratinho Junior caminha para vencer o pleito no primeiro turno marcado para o dia 2 de outubro.

Para o diretor do Instituto, o sociólogo Arilton Freres, não dá para cravar uma vitória garantida no primeiro turno para o atual governador, mas ele avalia que o período de pouco mais de 30 dias é curto para os adversários - sobretudo Requião - reverterem essa tendência. "Por mais que o ex-governador tenha crescido, se somarmos todos os votos que ainda estão 'soltos' como os indecisos e que não opinaram e se todos fossem para Requião, ainda assim ele não alcançaria o líder Ratinho." Segundo Freres, para conseguir levar o pleito para o segundo turno Requião teria que tirar votos do próprio Ratinho Jr. "O que poderá mudar é se Requião conseguir crescer com o eleitorado de Lula e conseguir os votos daqueles eleitores que votam em Ratinho e votam em Lula. Se ele conseguir esse movimento algo poderá mudar, mas considero muito remota essa possibilidade", avalia.

O sociólogo pontua ainda que outro fator que dificulta um crescimento dos adversários é a ausência do governador e candidato à reeleição nos debates e sabatinas em veículos de imprensa. "Nas eleições municipais de 2016 aqui em Curitiba, o então candidato Rafael Greca liderava com boa margem e cometeu um deslize na reta final do primeiro turno e gerou, à época, um segundo turno acirrado contra Ney Leprevost. Esse é o risco. Um candidato, quando está numa situação confortável como Ratinho Jr, evita a todo custo essa exposição para segurar esse índice".

SENADO

Já a disputa pela única vaga em jogo ao Senado tem Alvaro Dias (Podemos) em primeiro lugar, com 32% das intenções de voto, contra 23% do ex-juiz federal Sérgio Moro (União). Em terceiro lugar aparece Paulo Martins (PL), com 8%. Somados, os indecisos e os que preferiram não opinar são 30%.

Freres enxerga um cenário mais aberto na corrida ao Senado. Segundo o sociólogo, o histórico eleitoral aponta que o voto para senador é o último a ser definido pelo eleitor. "Primeiro temos um número de indecisos muito maior no Senado e segundo porque o eleitor define primeiro presidente, que está mais polarizado, depois governador e deputado."

Para o sociólogo, os votos de Alvaro Dias estão se consolidando, mesmo com a entrada de Moro e a popularidade do ex-titular da Lava Jato em parte do eleitorado paranaense. "Quando Moro entrou na disputa, muitos pensavam que Alvaro seria liquidado, mas o senador do Podemos tem mantido índices acima dos 30% em todas as pesquisas até agora. E ainda tem o Paulo Martins com apoio do presidente Bolsonaro (PL) e do governador Ratinho Jr. em menor intensidade. Por isso, ainda está uma briga interessante com margem de crescimento para todos os candidatos. Alvaro pode ser ultrapassado, pode crescer mais ou Paulo Martins pode criar dificuldade para ambos." Segundo o diretor do Instituto, tem outros candidatos que podem crescer, como Orlando Pessuti (MDB), por ser um nome conhecido, e Rosane Ferreira (PV), que poderá crescer também entre o eleitorado de Lula.

A pesquisa do Instituto Opinião ouviu 1.200 pessoas em 52 municípios do estado do Paraná, com idade acima de 16 anos, entre os dias 28 e 30 de agosto e tem margem de erro de 3% e nível de confiança de 95%. A consulta foi registrada no TRE (PR-09894/2022) e no TSE (BR-03073/2022).