SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à pandemia da Covid-19, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) inovou na escolha do vencedor do Prêmio ANJ de Liberdade de Imprensa e resolveu homenagear a própria atividade jornalística neste ano.

Entregue desde 2008, o prêmio em regra é concedido a pessoas ou instituições com trabalhos dedicados ou com grande repercussão para a defesa da liberdade de imprensa, mas as dificuldades vividas pelos profissionais do jornalismo em 2020 levaram a ANJ a decidir por uma premiação conceitual nesta edição.

Segundo Marcelo Rech, presidente da ANJ, "as condições adversas da pandemia atingiram em cheio o exercício diário do jornalismo, assim como atingiram tantas outras atividades. Mesmo trabalhando em casa, longe do ambiente rico das redações, editores e repórteres prosseguiram cumprindo sua missão. Todo o restante da indústria também se adaptou e levou as informações à sociedade, no impresso e no digital".

Em nota, a entidade ressaltou ainda que "a premiação deste ano se justifica ainda mais porque o esforço pelo jornalismo de qualidade enfrenta um ambiente em que se cultiva a desinformação como instrumento de política e crescem os ataques, físicos ou virtuais, aos profissionais da imprensa".

O vencedor do prêmio no ano passado foi o ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello.