O diretório regional do PMDB lançou ontem, em Curitiba, o Comitê contra a venda da Copel.
Durante a festa de lançamento, no restaurante A Gata Comeu, o partido iniciou a coleta de assinaturas contra a privatização.
O objetivo é conseguir mais de um milhão de assinaturas, contando com a participação dos mais de 400 diretórios que o PMDB tem no Estado.
Segundo o secretário-geral do partido, Doático Santos, estão sendo elaborados panfletos – que serão distribuídos em todo Estado – com os nomes dos deputados estaduais que são a favor da privatização.
O título é ‘‘Guarde bem para saber em quem não votar no próximo ano’’. A primeira tiragem (10 milhões de exemplares) deve sair no próximo dia 23. O PMDB classifica os defensores da venda como ‘‘traidores do povo’’.
O vereador Paulo Salamuni, líder do partido na Câmara de Curitiba, defende a mobilização de toda sociedade e a realização de um plebiscito. Deputados da oposição estão articulando a aprovação de um plebiscito, apostando que mais de 90% da população será contra.
Salamuni destacou o lucro obtido pela Copel em 2000 como um ‘‘forte motivo’’ para não vender a empresa.
O líder do governo na Assembléia Legislativa, Durval Amaral (PFL), pondera que a cifra será suficiente apenas para ‘‘fazer frente às 80 mil novas linhas por ano que precisam ser disponibilizadas’’.
Amaral diz que a resolução 2.515/98 do Conselho Monetário Nacional não permite empréstimos a estatais, o que prejudicaria seriamente a capacidade de investimentos da Copel.
O PMDB tem nova reunião agendada para debater o assunto. Amanhã, o deputado Caíto Quintana (PMDB) vai receber em sua casa, em Curitiba, vereadores, deputados estaduais e federais para a definição de novas medidas antiprivatização. (M.D.)