Paraná teve votação tranquila, com poucas ocorrências
Entre os municípios com maior número de ocorrências no estado, Ibiporã liderou com 38. Em Londrina, foram nove.
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segunda-feira, 07 de outubro de 2024
Entre os municípios com maior número de ocorrências no estado, Ibiporã liderou com 38. Em Londrina, foram nove.
Reportagem local

As eleições municipais de 2024 transcorreram de forma tranquila no Paraná, com alguns contratempos pontuais, mas sem incidentes graves que comprometeram o andamento do pleito. De acordo com o boletim de ocorrências divulgado pela Justiça Eleitoral às 17h, foram registradas pequenas falhas em algumas urnas eletrônicas, que exigiram ajustes e substituições.
Entre as ocorrências, destaca-se a substituição de 176 urnas eletrônicas e a reinicialização de outras 156. Também foram realizadas trocas de papel/bobina em nove urnas e ajustes no módulo impressor em dois equipamentos. Além disso, houve casos de orientações a mesários, somando cinco registros.
Outros problemas pontuais, como falta de energia, afetaram duas urnas, sendo necessário aguardar o retorno da eletricidade. Ainda assim, houve uma troca de uma tomada e o ajuste em outras três urnas.
Em Londrina foram nove ocorrências. Entre os municípios com mais registros estão: Ibiporã, 38; Curitiba (24); Terra Roxa (51) e Cornélio Procópio (15).
BOCA DE URNA
Em Londrina, uma mulher foi encaminhada à Delegacia Cidadã, no Jardim do Sol, após ser vista fazendo boca de urna no Jardim Cafezal, na Zona Sul, na manhã de domingo (6).
Segundo a Polícia Militar, um fiscal de partido que estava no Colégio Estadual Professora Maria José Balzanelo Aguilera, flagrou a acusada jogando "santinhos" nas proximidades da instituição de ensino, o que é proibido pela Legislação Eleitoral. A ação foi gravada pela testemunha. Foram 126 unidades de material de campanha, conforme a PM.
A suspeita teria sido alertada pelo fiscal, o que motivou o início de uma discussão. Diante da situação, a testemunha acionou o policial militar que fazia o plantão no colégio e a acusada recebeu voz de prisão, sendo encaminhada, junto com a testemunha, à delegacia.
De acordo com a Lei nº 9.504/1997 (Lei das Eleições), o "derramamento de santinhos" nas proximidades dos locais de votação na véspera e no dia das eleições configura crime eleitoral com punição de detenção, de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de cinco mil a quinze mil UFIRs (Unidades Fiscais de Referência).
"A boca de urna é proibida e essa mulher vai assinar um termo circunstanciado, que vai ser feito pela Polícia Civil. Em seguida, ela será liberada e o material usado, nesse caso, os santinhos, vai ser apreendido", afirmou o capitão Emerson Castro, do 5º BPM (Batalhão de Polícia Militar).
O capitão complementa, ainda, que cabe à Justiça Eleitoral definir as punições e as audiências às quais a acusada e a testemunha deverão comparecer.
"Boca de urna é crime! Temos policiais militares ou guardas municipais em todos os pontos de votação que estão fiscalizando e quem está denunciando é o próprio povo", complementa Castro.
APREENSÃO DE VEÍCULO
Um veículo com propaganda eleitoral foi rebocado em frente ao Colégio Estadual Professor Kasuko Ohara, na rua Serra da Mantiqueira, no jardim Bandeirantes, em Londrina. A situação ocorreu no início da tarde deste domingo (6).
De acordo com a Polícia Militar, um fiscal eleitoral informou sobre um carro Space Fox adesivado com propaganda eleitoral de candidato estacionado por tempo além do permitido em frente ao colégio. O veículo foi rebocado e lavrado termo circunstanciado para a condutora.
DINHEIRO EM ESPÉCIE
A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministra Cármen Lúcia, disse neste domingo (6) que considera preocupante as apreensões de dinheiro em espécie realizadas pela PF (Polícia Federal) durante a campanha eleitoral.
De acordo com a PF, cerca de R$ 21 milhões em espécie foram apreendidos em todo o país durante o primeiro turno.
Ao visitar o Centro de Divulgação das Eleições no início desta noite, a ministra foi perguntada sobre o assunto e afirmou que a Justiça Eleitoral vai trabalhar com a PF e o Ministério Público para investigar as apreensões, que são oriundas de suspeitas de compra de votos.
“Isso [apreensão] é preocupante para todo mundo, mas nós não tínhamos antes desta eleição dados concretos sobre dinheiro. Então, daqui para a frente, vamos trabalhar para ter dados”, afirmou.

