Patrícia Zanin
De Londrina
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Valter Orsi, disse ontem que o pedágio se transformou numa ‘‘sangria no Paranᒒ e só mesmo a mobilização de várias entidades para mostrar ao governo as reivindicações dos setores produtivos. ‘‘Eles (os setores) têm se manifestado, mas o governo não ouve’’, criticou Orsi, que prega a união das entidades, no ‘‘Fórum dos Usuários das Rodovias’’, proposto pela Folha, como forma de garantir maior legitimidade aos pleitos dos vários setores. Transportadores, agricultores e usuários não aceitam o reajuste médio de 100% das tarifas de pedágio, suspenso pela Justiça.
‘‘Ninguém melhor do que as entidades representativas para levar ao governo sua expectativa do que a população espera sobre o pedágio no Paraná. Político moderno não pode fechar os ouvidos. Não pode abrir mão de saber dos anseios da comunidade’’, defendeu. Para o presidente da Acil, a integração entre os diversos setores significa amadurecimento político.
Orsi reconheceu, porém, que a iniciativa tardia possibilitou que a situação chegasse ao atual estágio. ‘‘As críticas levantadas aqui e acolá jamais se concretizaram em uma mobilização efetiva e numa organização capaz de itnerferir no processo de transferência da administração das estradas do governo para a iniciativa privada’’, escreveu, em artigo publicado ontem na Folha. Com a união dos diversos setores, ele acredita que haverá resultados, inclusive para cobrar explicações do governo sobre o IPVA.