SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ato em São Paulo neste sábado (19) pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por mais vacinas contra a Covid-19 e pela manutenção do auxílio emergencial atingiu 100 mil manifestantes presentes, segundo imagens de drone obtidas pela Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.

Segundo as estimativas dos organizadores, a marca supera o público do protesto anterior, de 29 de maio, que teve cerca de 80 mil manifestantes. Ainda de acordo com membros de movimentos populares, 12 quarteirões da av. Paulista foram tomados neste sábado, contra 10 no mês passado.

A Polícia Militar de São Paulo informou que não fará estimativa de público.

A organização afirma ainda que o público foi de 100 mil pessoas em Belo Horizonte, de 70 mil no Rio de Janeiro e de 30 mil no Distrito Federal.

No dia 29 de maio, os organizadores dizem que houve 227 atos no total, em 210 cidades do Brasil e 14 do exterior, com cerca de 420 mil pessoas.

Até esta sexta-feira (18), estavam confirmados 457 atos em 386 cidades de todos os estados brasileiros, incluindo as 27 capitais. No exterior, a previsão era a de concentrações em 52 cidades, em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Itália, Finlândia e Argentina.

"Hoje as pessoas vieram para a rua com mais segurança e menos receio de se contaminar. Até o momento, nós não temos nenhum relato de alguém que foi no ato do dia 29 e se contaminou [com o novo coronavírus]", afirma Raimundo Bonfim, coordenador nacional da CMP (Central de Movimentos Populares), sobre o aumento de público.

Ambas as manifestações fizeram campanhas prévias pelo uso de máscaras de proteção contra a Covid-19.

Bonfim diz considerar positivo o fato de o ex-presidente Lula (PT) não ter comparecido ao ato deste sábado, como chegou a cogitar. "Tem alguns argumentos de que nós estamos fazendo essas mobilizações para enfraquecer o Bolsonaro, do ponto de vista eleitoral, e favorecer o ex-presidente Lula. Não foi por esse motivo que nós tomamos as ruas no dia 29 e hoje. O motivo é a crise sanitária, econômica e social."