O NDE (Núcleo de Desenvolvimento Empresarial de Londrina), composto por 13 entidades da sociedade civil organizada, defende a destinação de recursos para a retomada da obra do Teatro Municipal de Londrina. Há expectativa para a indicação de uma emenda de bancada este ano, após os recursos não terem saído do papel em 2023.

À FOLHA, na sexta-feira (29), o coordenador da Bancada Paranaense em Brasília, deputado federal Toninho Wandscheer (PP), disse que a emenda será protocolada para inclusão no Orçamento de 2025.

"Embora o valor exato ainda não tenha sido definido, ele dependerá da aprovação do relator. Estamos confiantes de que o projeto será plenamente atendido", disse o parlamentar por meio de sua assessoria de imprensa. No ano passado, ele admitiu erro por não ter protocolado uma emenda de R$ 50 milhões para a obra.

A deputada federal Luísa Canziani (PSD) afirmou que, após articulação com Wandscheer e a bancada, há garantia de R$ 800 mil para retomar as obras. O deputado federal Diego Garcia (Republicanos) também fala em uma emenda de bancada para a obra. “Nós vamos pedir R$ 80 milhões”, garantiu - esse valor, conforme apurou a reportagem, também foi citado durante uma reunião com o NDE na sexta.

O Núcleo participou da articulação com deputados da cidade para viabilizar emenda de bancada no ano passado. Agora, tem acompanhado e cobrado que os recursos sejam destinados para Londrina.

“A construção do Teatro Municipal representa um importante ativo para o setor de turismo e eventos, mas também fortalece o comércio e a prestação de serviços, movimentando a economia e a cultura. A construção do Teatro Municipal faz parte da estratégia de recuperação de uma região histórica, gerando investimento e proporcionando melhor qualidade de vida à população”, afirma em nota o Núcleo, que aponta que, após a emenda ter sido “barrada” em 2023, ela voltou à pauta neste ano “com chance de ser aprovada”.

O projeto de construção do Teatro Municipal de Londrina foi escolhido em 2007 em um concurso nacional durante o mandato do prefeito Nedson Micheleti (PT). A obra teria 22 mil metros quadrados, cerca de 2.400 lugares e o custo total estimado de R$ 80 milhões. O convênio para a construção do teatro foi assinado com o Ministério da Cultura, então comandado pelo compositor Gilberto Gil, em maio de 2010. O obra começou somente em 2013 e acabou paralisada no ano seguinte por falta de verbas durante a gestão do prefeito Alexandre Kireeff (PSD).

Nos últimos anos, houve um movimento da gestão Marcelo Belinati (PP) para adaptar o projeto junto com o autor, o que é um passo importante para a retomada da obra e viabilizar, inclusive, investimento federal.

O Núcleo de Desenvolvimento Empresarial é formado pela Abratic, ACIL, CEAL, FIEP, Sebrae, Secovi, SESCAP-LDR, Sincoval, Sindimetal, Sinduscon, SRP, TI Paraná e UTFPR.