Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não escolhe o novo ministro da Educação, a lista de cotados só aumenta. O nome mais recente é do ex-deputado federal Alex Canziani (PTB), que passou a ser cogitado nesta quinta-feira (9). O político foi presidente da Frente Parlamentar de Educação no período em que esteve no Congresso Nacional.

Imagem ilustrativa da imagem Novo cotado para o MEC, Alex Canziani aposta em gestão 'técnica e com muito diálogo'
| Foto: Fernando Cremonez/Ascom/CML

Em entrevista à FOLHA, Canziani considerou a possibilidade de assumir o MEC como uma grande honra. "Sei que existem outras pessoas sendo avaliadas, mas essa lembrança já é uma enorme satisfação". Apesar de cumprir cinco mandatos na Câmara, ele não foi eleito no pleito de 2018, quando concorreu ao Senado Federal. Por outro lado, sua filha, Luisa Canziani, também do PTB, está na primeira legislatura.

"Os desafios são vários para o novo ministro, como o retorno às aulas no pós-pandemia, a implementação do BNCC (Base Nacional Comum Curricular), a questão do Fundeb, que acaba neste ano. Agora, uma prioridade absoluta, tanto do MEC quando do Brasil em geral, é, sem dúvida, melhorar a aprendizagem dos alunos", apontou o candidato.

Questionado sobre o conteúdo ideológico, caracterizado principalmente na gestão de Abraham Weintraub, Canziani ponderou que "o MEC deve se pautar pelas evidências, com um trabalho técnico e com muito diálogo". Bolsonaro ainda não estabeleceu uma data para escolher o ministro.

Essa seria a quarta gestão no Ministério da Educação em pouco mais de um ano e meio. O último, que sequer assumiu a função, foi Carlos Alberto Decotelli. Ele foi indicado pelo presidente, mas, pressionado por informações falsas em seu currículo profissional, pediu para sair.

Depois desse revés, Bolsonaro flertou com o atual secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, mas o cotado anunciou que havia declinado do convite por meio de uma publicação em sua conta oficial no Twitter.