O candidato a prefeito do Rio César Maia (PTB) responsabilizou ontem o governo federal pelo baixo valor do salário mínimo e criticou o reajuste de 5,57% proposto para o piso nacional em 2001. Maia está em busca dos votos da esquerda carioca. Depois de ter escolhido a palavra ‘‘pão’’ para atacar o prefeito Luiz Paulo Conde (PFL), candidato à reeleição, alimento que, segundo Maia, falta em creches da prefeitura, o petebista adotou um novo fonema: ‘‘cafezinho’’.
‘‘Peguei minha maquininha e fiz as contas: o salário mínimo vai crescer por mês 8,60 reais, 28 centavos por dia; não dá para um cafezinho’’, declarou. ‘‘Pelo amor de Deus, o que o governo federal faz com isso, 151 reais?’’ Segundo ele, o reajuste do mínimo não cobre nem as despesas de uma família de quatro integrantes em que cada um tomasse, em lugar das quatro refeições, um cafezinho.
Já o candidato Luiz Paulo Conde foi escolhido ontem pela Direção Nacional do PFL como um dos quatro vice-presidentes do partido. Ele toma posse em novembro. O convite será formalizado hoje pelo presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), durante visita a Conde, no Rio. Bornhausen também terá um encontro com o governador Anthony Garotinho (PDT), o maior cabo eleitoral do prefeito no segundo turno.
Conde assumirá a vice-presidência que, até 1999, era ocupada por Maia. Hoje no PTB, Maia deixou o PFL depois de romper com Conde. Na briga entre Conde e Maia, o PFL nacional fez uma opção pelo atual prefeito, deixando que Maia saísse da legenda.