Agência Estado
(Não é permitida a reprodução total ou parcial desta foto dentro ou fora do Brasil)AdeusFernando Henrique, ao lado dos senadores Íris Rezende e Antonio Carlos Magalhães, prestam a última homenagem a Onofre QuinanO senador Onofre Quinan (PMDB-GO) morreu na madrugada de ontem, em Brasília, por causa de uma embolia pulmonar aguda. O corpo do senador foi enterrado em Anápolis (GO). No lugar de Quinan, cujo mandato terminaria em fevereiro de 1999, assume o suplente José Saad (PMDB), nomeado pelo ministro da Justiça, Iris Rezende, assessor parlamentar do Ministério da Justiça há dois meses.
Saad é empresário em Formosa, em Goiás, a cerca de 70 quilômetros ao norte de Brasília. Familiares de Quinan contaram que o senador sentiu-se mal na última semana, durante estada em Itanhaém, no litoral sul de São Paulo. Ficou sob observação médica na segunda-feira e anteontem. Nem compareceu à sessão que aprovou o contrato temporário de trabalho. Na madrugada de ontem, começou a vomitar sangue logo depois da meia-noite. Morreu por volta das 4 horas, depois de ser atendido pelo serviço médico do Senado.
O presidente Fernando Henrique Cardoso e o vice, Marco Maciel, passaram pelo Senado durante o curto período em que o corpo de Quinan foi velado no Salão Negro da Casa. Por causa da morte do senador, todos os trabalhos no Senado foram suspensos e transferidos para hoje.
Quinan tinha 71 anos. Era um dos mais prósperos empresários goianos durante as décadas de 70 e 80, mas enfrentou problemas econômicos nos últimos sete anos. Quinan era proprietário da cadeia de lojas Onogás e da distribuidora de gás do mesmo nome. Respondia a processo por crime contra o sistema financeiro, sob acusação de operações ilegais feitas justamente depois que passou a enfrentar problemas econômicos.