Curitiba - Comandar um programa de linha popular no rádio ou tevê não foi suficiente para garantir a reeleição de três deputados estaduais, em 2002. Algaci Túlio, Luiz Carlos Alborghetti e Ricardo Chab, comunicadores bastante conhecidos em Curitiba, não conseguiram votação suficiente para se reeleger. Com isso, a chamada ''bancada da latinha'', formada pelos comunicadores na Assembléia Legislativa, ficou com oito representantes após as eleições de 2002.
No lugar dos três que não se reelegeram, entraram quatro novos comunicadores: Barbosa Neto, Jocelito Canto, Vanderlei Iensen e Ratinho Júnior. Iensen, hoje, é responsável pela chefia de gabinete do governador Roberto Requião (PMDB).
Algaci, atualmente coordenador do Procon do Paraná, conquistou 20.619 votos nas eleições de outubro de 2002, e Chab apresentador de um programa na tevê conseguiu 22.856. Alborghetti fez 24.894 votos. As três votações ficaram abaixo do mínimo para manter a cadeira no Legislativo estadual.
Contrariando a expectativa, com exceção de Chab, os deputados ''da latinha'' eleitos em 1998 tiveram votação menor que em 1994.
Logo após a divulgação do resultado das eleições de 2002, Algaci disse que não havia entendido o motivo da derrota. Recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), mas não obteve sucesso. Um dos argumentos de Algaci foi o fato de terem sido encontradas ''colas'' com foto sua e número de outro candidato.
Ricardo Chab trabalhou em diversas rádios e emissoras de tevê. Foi eleito deputado estadual pelo PMDB em 1995, com 32.707 votos. Reelegeu-se em 1998, pelo PTB, com 38.427 votos. Com a derrota de 2002, passou a apresentar um programa de cunho policial e popular na TV Iguaçu, afiliada ao SBT.
Alborghetti começou sua carreira na rádio, na área policial. Atuou em Londrina e Curitiba e destacou-se por seu programa ''Cadeia''. Polêmico, ficou famoso por seu perfil raivoso. Chegou a quebrar um monitor ao vivo.