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Metade dos deputados de Londrina ainda não se manifestou sobre extremismo em Brasília

Dos oito parlamentares, somente Filipe Barros, Luísa Canziani, Tercilio Turini e Cloara Pinheiro decidiram abordar o caso nas redes sociais

ATUALIZAÇÃO
12 de janeiro de 2023

Lucas Marcondes
AUTOR

Imagem ilustrativa da imagem Metade dos deputados de Londrina ainda não se manifestou sobre extremismo em Brasília

Passados três dias desde os atos extremistas contra as sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, o caso acabou tendo repercussão nas redes sociais de quatro do total de oito deputados federais e estaduais com base de atuação em Londrina.

Durante a tarde desta quarta-feira (11), a FOLHA visitou, em diferentes plataformas, as páginas oficiais dos parlamentares já com mandato e também dos eleitos para a próxima legislatura. Entre o grupo, metade decidiu vir espontaneamente a público e se manifestar em relação ao episódio de violência explícita e depredação do patrimônio público na capital federal: os deputados federais Filipe Barros (PL) e Luísa Canziani (PSD), além do deputado estadual Tercílio Turini e da deputada estadual eleita Cloara Pinheiro, ambos do PSD.

Já no domingo (8), Canziani escreveu no Twitter que estava “estarrecida” diante dos fatos. “Defendemos responsabilização aos culpados e punição exemplar na forma da lei. A ordem pública e o Estado Democrático de Direito devem prevalecer, sempre”, acrescentou a parlamentar.

Alinhado a Jair Bolsonaro, Barros republicou na segunda-feira (9), através de suas contas no Facebook e Instagram, um tweet feito pelo ex-presidente no dia anterior. “Manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia. Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra”, escreveu Bolsonaro no Twitter.

Logo no dia do ocorrido, Turini chamou de “inaceitável” o vandalismo generalizado em Brasília. “Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a sociedade organizada e toda a Nação precisam de união e de todo o apoio para resguardar o Estado Democrático de Direito, assegurando o pleno funcionamento das instituições e as garantias constitucionais dos cidadãos. Qualquer excesso deve ser tratado como crime e precisa ser contido”, defendeu o deputado estadual por meio do Facebook e Instagram.

Eleita em outubro e prestes a assumir mandato na nova legislatura da Assembleia Legislativa do Paraná, Cloara Pinheiro também usou o Facebook e o Instagram no domingo para abordar o caso. “Protestar de forma pacífica e legítima é direito da população. Mas de forma alguma podemos compactuar com a destruição dos prédios públicos e ameaças aos agentes de segurança como vimos hoje. Lamentável. Repudio qualquer ato antidemocrático e radicalismos”, afirmou a recém-chegada na Casa.

Apoiador de Bolsonaro, Diego Garcia (Republicanos) ainda não mencionou ou comentou o episódio em suas redes sociais, bem como o deputado federal eleito Marco Brasil (PP) e os deputados estaduais Cobra Repórter e Tiago Amaral, ambos do PSD.

Acil 

Assim como a Sociedade Rural do Paraná (SRP) fez na terça-feira (10), a Acil ( Associação Comercial e Industrial de Londrina) decidiu vir a público para divulgar à população o que pensa em relação ao movimento de extremismo que atacou as instituições da República. Em nota nesta quarta-feira, a Acil pontuou que “reconhece o direito dos cidadãos de se manifestarem politicamente [...] No entanto, repudiamos todo e qualquer ato de vandalismo e depredação do espaço público”. A entidade reivindicou “a necessidade de um olhar mais cuidadoso por parte das autoridades que, neste momento, precisam de uma postura seletiva, para que fique claro quem é vândalo e quem está exercendo o direito da livre manifestação.”

CANAL DE DENÚNCIA

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) abriu um canal de denúncia para, segundo o órgão, “receber notícias relacionadas a atos antidemocráticos no estado”. Os meios de contato são o endereço gaeco@mppr.mp.br e o telefone (41) 3219-5000. Também é possível denunciar através da aba “Denúncia”, dentro do site do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (gaeco.mppr.mp.br), que será o responsável por centralizar as informações. Relatos anônimos são aceitos.

De acordo com o MP, “a população pode encaminhar informações referentes à organização desses atos, dados sobre possíveis financiadores ou fomentadores desse tipo de ação, ameaças de invasões a órgãos públicos e outras situações.”

O órgão afirmou que, desde domingo, “acompanha os desdobramentos dos fatos, com atuação direta junto às autoridades de segurança do Estado.”

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