Mara Boca Aberta tem candidatura à reeleição autorizada pelo TRE
Na quinta (3), os desembargadores reconheceram a filiação da vereadora ao PMB e, nesta sexta (4), reverteram o indeferimento da candidatura
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sexta-feira, 04 de outubro de 2024
Na quinta (3), os desembargadores reconheceram a filiação da vereadora ao PMB e, nesta sexta (4), reverteram o indeferimento da candidatura
Douglas Kuspiosz - Reportagem Local
A vereadora Mara Boca Aberta (PMB), que concorre à reeleição, conseguiu reverter no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná) o indeferimento do registro da sua candidatura. Por unanimidade, os desembargadores acataram, nesta sexta-feira (4), o recurso da defesa da parlamentar, que demorou mais de uma semana para ser julgado.
O primeiro passo para o deferimento do registro foi o reconhecimento, na noite de quinta (3), da filiação de Mara ao PMB, que não havia sido aceita pelo juízo da 41ª ZE (Zona Eleitoral) de Londrina. A ausência partidária era o principal obstáculo para a candidatura da vereadora, que havia sido indeferida pela 146ª ZE.
“Não vislumbro qualquer indício de fraude ou má-fé pela recorrente, ao contrário, a candidata utilizou os meios legais disponíveis e previstos na legislação eleitoral para buscar o reconhecimento da sua filiação tanto ao Podemos quanto ao PMB”, afirmou o desembargador Anderson Ricardo Fogaça na sessão de quarta. “Inexistem elementos que indiquem o emprego de meios ardilosos para induzir a Justiça Eleitoral em erro ou obter vantagem indevida.”
Com a questão partidária resolvida, os desembargadores analisaram a quitação eleitoral da vereadora, que tinha multas pendentes. Mara adiantou à FOLHA na noite de quinta que havia feito os pagamentos, o que foi confirmado pelo TRE-PR.
“A candidata juntou comprovação de pagamento e, por conta disso, o voto é pelo conhecimento e provimento para deferir o registro de candidatura”, anunciou Junior, que relatou o caso.
A vereadora concedeu entrevista à FOLHA na tarde desta sexta-feira, logo após o resultado do julgamento. Ela disse estar feliz com as vitórias em Curitiba.
“Eu acredito na Justiça, embora aqui em Londrina a família Boca Aberta sempre seja muito injustiçada, estou podendo comprovar isso diante desse julgamento que saímos vitoriosos. Fui injustamente acusada de ter agido de má-fé, não foi essa minha intenção”, diz.
Na avaliação da parlamentar, o processo acabou gerando prejuízos no cenário eleitoral. “Causou dúvida na cabeça do meu eleitor, houve fake news que eu não era candidata. E isso se agravou por eu não aparecer no horário eleitoral”, acrescenta. “É a correção de uma injustiça.”