Chico Brasileiro, reeleito em Foz: nova oportunidade para organizar a casa
Chico Brasileiro, reeleito em Foz: nova oportunidade para organizar a casa | Foto: Agência Municipal de Notícias de Foz do Iguaçu

As ações de fechamento da economia para evitar a propagação do coronavírus pela região de Foz do Iguaçu permanecem com grande peso para o prefeito Chico Brasileiro (PSD), mesmo depois das eleições. Reeleito no primeiro turno com 41% dos votos, ele garante que aprendeu ao longo do primeiro mandato, apesar de saber que desagradou parte do eleitorado na condução da pandemia. “Um ponto que eu sofro muita crítica foi de termos fechado as atividades comerciais da cidade precocemente, mas esse, tenho firmeza em falar, foi muito acertado. Fizemos o fechamento no momento certo, em sintonia com o fechamento das fronteiras, determinado pelo governo federal, em sintonia com o governo do estado”, lembra o chefe do Executivo, que afirma que a decisão permitiu com que fortalecesse o sistema de saúde.

Como prioridade para o segundo mandato, o prefeito não vê outra saída a não ser debelar a pandemia para que a recuperação econômica seja a única preocupação. Com economia diversa, com enorme potencial turístico e o dinamismo social trazido pela tríplice fronteira, as preocupações do gestor de Foz do Iguaçu não são simples. “Precisamos que a equipe toda esteja em sintonia para que possamos atuar com firmeza e segurança em cada ponto nevrálgico visando superar o que foi perdido, atrasado ou adiado por conta do coronavírus. Temos cirurgias represadas, temos que estruturar escolas, precisamos gerar empregos, são várias tarefas, mas todas elas partem de um novo prisma”, avaliou.

De olho nos próximos quatro anos, o prefeito compreende que a eleição trouxe uma nova oportunidade para organizar a casa e renovar o próximo período da administração. Já anunciada a saída do secretário de Turismo, Indústria e Comércio, Gilmar Piolla, outras mudanças deverão ser feitas. “É um novo governo. Muito do que foi feito até o momento deu certo, mas muita coisa que pretendíamos ainda não aconteceu. Precisamos avaliar o motivo de não termos tido êxito em alguns projetos e adequar as posições estratégicas com gente técnica para cumprir o que temos em vista”, garantiu em entrevista à FOLHA.

Aos 55 anos, o dentista paraibano tem experiência política. Foi vereador, deputado estadual, vice-prefeito e chegou ao posto de prefeito somente em 2017, depois que ex-prefeito Paulo Mac Donald (PODE) teve a candidatura impugnada. O mandato mais curto de três anos foi marcado por dificuldades, apesar da aprovação da população nas urnas. “Muitos documentos importantes estavam apreendidos pelas operações da Polícia Federal, não tivemos um momento de transição com o governo anterior. A cidade tinha dívidas astronômicas, todos os setores da administração sofriam pela falta de servidores, falta de crédito, de estrutura física, de máquinas. Olhando para o passado, nós mesmos ficamos meio incrédulos de ter conseguido superar aquele momento”, lembrou.

A nova configuração da Câmara dos Vereadores também deverá ter grande reflexo na administração de Foz do Iguaçu. Dos 15 vereadores escolhidos para a próxima legislatura, apenas dois foram reeleitos – o que indica uma renovação de 87%. “Já é possível notar que essa renovação não significa falta de experiência ou mesmo despreparo para o cargo. Acredito que estes vereadores tenham um potencial muito grande de ajudar na implementação de políticas públicas mais resolutivas e que possamos trabalhar em consonância pelo futuro de nossa cidade”, concluiu.