Maluf e Marta intensificam ataques na reta final em SP
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segunda-feira, 23 de outubro de 2000
Tathiana Barbar e Ellen Fernandes Agência Estado De São Paulo
Os candidatos Paulo Maluf (PPB) e Marta Suplicy (PT) partiram para o ataque, com ofensas diretas e denúncias durante o programa do horário eleitoral gratuito de TV. A candidata do PT afirmou que Maluf está fazendo uma campanha agressiva e indecente. Tudo tem limite; tenho feito uma campanha limpa e meu adversário, ao invés de apresentar propostas, faz calúnias e blefes sobre a minha vida pessoal, afirmou a petista.
Marta destacou ainda que Maluf é covarde e só fala pelas costas, referindo-se ao momento do debate da TV Bandeirantes em que ela desafiou o candidato a falar face a face as acusações feitas por ele nos programas eleitorais e que ele, segundo ela, desconversou.
A petista afirmou ainda que São Paulo precisa de honestidade, transparência e ética, mostrando depoimentos de eleitores nas ruas indignados com a postura da campanha do pepebista. Maluf está escondendo-se atrás de acusações contra a vida pessoal de Marta, afirmou um eleitor.
No fim do programa, Marta disse que Maluf quer ganhar as eleições na marra. Ele não tem escrúpulos, afirmou a candidata do PT, destacando que Maluf quebrou a cidade com a nefasta vida pública. Ele tem 40 processos e nove condenações devido a sua improbidade administrativa (mal uso do dinheiro público), disse a petista.
Maluf afirmou que está chegando a hora da virada. Nada de falsas promessas e mentiras; a Dona Marta está brincando com o povo; ela fala de projetos, mas não é capaz de explicar de onde buscará recursos para os fazer, afirmou Maluf, destacando que ela vai resolver o problema de 100 mil crianças que estão fora da creche, sendo que o PT só foi capaz de construir 44 creches. Este é mais um conto de fadas da Dona Marta do PT; ela acha que o povo é burro, acrescentou o pepebista.
Maluf disse também que São Paulo tem direito de saber a verdade. A Dona Marta quer a redução de penas para os criminosos que estudarem nas cadeias, inclusive para aqueles que cometeram crimes hediondos; ela quer ajudar os bandidos e esquece que São Paulo sofre com a violência.