Os candidatos Paulo Maluf (PPB) e Marta Suplicy (PT) partiram para o ataque, com ofensas diretas e denúncias durante o programa do horário eleitoral gratuito de TV. A candidata do PT afirmou que Maluf está fazendo uma campanha ‘‘agressiva e indecente’’. ‘‘Tudo tem limite; tenho feito uma campanha limpa e meu adversário, ao invés de apresentar propostas, faz calúnias e blefes sobre a minha vida pessoal’’, afirmou a petista.
Marta destacou ainda que Maluf é ‘‘covarde e só fala pelas costas’’, referindo-se ao momento do debate da TV Bandeirantes em que ela desafiou o candidato a falar ‘‘face a face’’ as acusações feitas por ele nos programas eleitorais e que ele, segundo ela, desconversou.
A petista afirmou ainda que São Paulo precisa de honestidade, transparência e ética, mostrando depoimentos de eleitores nas ruas indignados com a postura da campanha do pepebista. ‘‘Maluf está escondendo-se atrás de acusações contra a vida pessoal de Marta’’, afirmou um eleitor.
No fim do programa, Marta disse que Maluf quer ‘‘ganhar as eleições na marra’’. ‘‘Ele não tem escrúpulos’’, afirmou a candidata do PT, destacando que Maluf ‘‘quebrou’’ a cidade com a ‘‘nefasta vida pública’’. ‘‘Ele tem 40 processos e nove condenações devido a sua improbidade administrativa (mal uso do dinheiro público)’’, disse a petista.
Maluf afirmou que ‘‘está chegando a hora da virada’’. ‘‘Nada de falsas promessas e mentiras; a Dona Marta está brincando com o povo; ela fala de projetos, mas não é capaz de explicar de onde buscará recursos para os fazer’’, afirmou Maluf, destacando que ela ‘‘vai resolver o problema de 100 mil crianças que estão fora da creche, sendo que o PT só foi capaz de construir 44 creches’’. ‘‘Este é mais um conto de fadas da Dona Marta do PT; ela acha que o povo é burro’’, acrescentou o pepebista.
Maluf disse também que São Paulo ‘‘tem direito de saber a verdade’’. ‘‘A Dona Marta quer a redução de penas para os criminosos que estudarem nas cadeias, inclusive para aqueles que cometeram crimes hediondos; ela quer ajudar os bandidos e esquece que São Paulo sofre com a violência’’.