Major vai enviar dossiê à Comissão de Sindicância Rubens Burigo Neto De Curitiba O major Valdir Coppetti Neves prestou depoimento por pouco mais de uma hora e meia, ontem à tarde em Curitiba, na comissão especial de sindicância que está analisando o envolvimento da Polícia Civil com o crime organizado. ‘‘Ele se comprometeu a nos enviar na segunda-feira um dossiê com informações sobre o envolvimento de policiais civis com o tráfico de drogas, roubo de cargas e desmanche da carros roubados’’, informou o secretário do Governo e presidente da comissão José Cid Campêlo Filho. O secretário frisou que o major ‘‘fez questão de deixar claro que não tem nenhuma prova concreta contra os policiais.’’ Campêlo comentou que Coppetti começou a investigar os policiais civis que estariam envolvidos na criminalidade em outubro do ano passado. O secretário afirmou que o relatório que será entregue na segunda-feira não pode ser analisado ontem porque, segundo Coppetti, só teria ficado pronto poucos dias antes da chegada da CPI do Narcotráfico ao Estado (no começo deste mês) e ele só teria impresso duas cópias do documento. No depoimento, contou o secretário, Coppetti apenas fez comentários gerais sobre o que investigou e, por isso, deve ser reconvocado a depor na comissão. Alegando questões de segurança, Campêlo disse que Coppetti (chefe da P2, o serviço de informações da Polícia Militar) deixaria o prédio da Secretaria de Estado da Segurança (onde aconteceram os depoimentos) sem conversar ou se deixar fotografar com os jornalistas. O major ficou aguardando numa sala do quarto andar do prédio por mais de 40 minutos, até que jornalistas fossem embora.