Pesquisa Ipespe encomendada pela XP Investimentos e divulgada nessa sexta-feira (14) mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança do primeiro turno da disputa eleitoral para a presidência em 2022, com 44% das intenções de votos.

Imagem ilustrativa da imagem Lula tem 44%, Bolsonaro, 24%, e Moro e Ciro estão empatados, aponta Ipespe
| Foto: Nelson Almeida/AFP

O petista aparece com uma vantagem de 20 pontos percentuais sobre o segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 24%, mesmos índices do levantamento realizado em dezembro.

Imagem ilustrativa da imagem Lula tem 44%, Bolsonaro, 24%, e Moro e Ciro estão empatados, aponta Ipespe
| Foto: Alan Santos/PR

Na sequência, aparecem o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), com 9%, e o ex-governador Ciro Gomes (PDT), com 7%. Como a margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem 2%; a senadora Simone Tebet (MDB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e Luiz Felipe D´Ávila (Novo) têm 1% cada. Brancos, nulos, nenhuma das opções e não iriam votar somam 6%; e não sabem ou não responderam, 7%.

O levantamento ouviu 1.000 pessoas, com 16 anos ou mais, entre os dias 10 e 12 de janeiro de todas as regiões do país. As entrevistas foram telefônicas. O índice de confiança, segundo o instituto, é de 95,5%.

A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-09080/2022. Conforme o levantamento, Lula vence todos os candidatos em um eventual segundo turno. Nos cenários testados, o petista tem vantagem de pelo menos 19 pontos percentuais -ele vence por 56% a 31% contra Bolsonaro, 51% a 32% diante de Moro, 51% a 25% frente a Ciro, e por 53% a 20% ante Doria.

O nome de Bolsonaro também foi testado contra Ciro, Doria e Moro. Os três aparecem à frente do atual chefe do Executivo -o pedetista tem 43% a 34%, o governador paulista vence por 42% a 35%, e o ex-ministro de Bolsonaro bate o presidente por 36% a 29%.

RITMO DE CAMPANHA

Em ritmo de campanha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que houve fraude na eleição presidencial de 2018 e prometeu combater o MST por meio da eventual aprovação do excludente de ilicitude.

“Era para ter ganho no primeiro turno, se fossem umas eleições limpas no primeiro”, afirmou Bolsonaro, durante discurso em Macapá na sexta-feira (14), ao se referir ao pleito que o levou ao Palácio do Planalto.

Em outro trecho do discurso, Bolsonaro fez uma ameaça velada ao MST (Movimento Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que planeja manifestações de rua em apoio à volta de Lula à Presidência.

“Vejo agora meus policiais militares aqui presentes. O MST ameaçando realizar dezenas de invasões no presente ano. Se um dia eu tiver, no Congresso Nacional, o excludente de ilicitude, podem ter certeza: aproveitem para invadir agora, porque, no futuro, não invadirão”, discursou.

“O que é o excludente de ilicitude? É o militar, ao cumprir sua missão, vai pra casa descansar. E vai ter a certeza de que não vai receber a visita de um oficial de Justiça para processá-lo”, completou Bolsonaro.

O excludente de ilicitude abrandaria a pena para policiais que cometerem excessos, incluindo mortes, caso tenham agido “sob escusável medo, surpresa ou violenta emoção”. A proposta fazia parte do pacote anticrime apresentado pelo então ministro da Justiça, Sergio Moro, mas acabou descartada no Congresso.