Londrina alerta
A Secretaria de Segurança não subestima a hipótese de Londrina se transformar numa área-chave dessas manifestações presidiárias como polo importante em operações de guarda de armas, veículos e explosivos
A Secretaria de Segurança não subestima a hipótese de Londrina se transformar numa área-chave dessas manifestações presidiárias como polo importante em operações de guarda de armas, veículos e explosivos. Tais referências se ligam à condição logística e a fatos já ocorridos, como o da trama que matou um agente presidiário, sem desconsiderar os casos de rebelião. Em entrevista na CBN de Curitiba, o secretário Wagner Mesquita destacou alguns dos frutos da atuação preventiva na capital dentre eles o fato de não ocorrer aí a ação externa como a das outras capitais em que as facções determinam que seus grupos de fora dos muros se ocupem, por exemplo, da queima de ônibus como de resto aconteceu ao nosso lado, não faz muito tempo, em Santa Catarina.
Se há, porém, alguns sinais positivos, o que não significa que a paz tenha chegado aos presídios, pois aqui também medram as facções e com um desnível de potencial entre elas, faz-se, não se pode negar, um esforço inclusive de reformulação estratégica em relação a alguns serviços que possam ser terceirizados, o que além de baixa de custos implica em maior eficiência. O sindicato de guardas presidiários não concorda e entende que essas mudanças fazem aumentar o grau de vulnerabilidade do sistema a ações do crime organizado.
O bom de tudo isso é que apesar do clima tenso, que ronda o setor, os agentes envolvidos não abrem mão do exercício crítico, marca, aliás, que deveria timbrar todo o governo para evitar que prevalecessem as decisões verticais de cima para baixo. É um ônus bônus da democracia.
Vale lembrar ainda que terceirização não implica em privatização, mas sempre que acionada excita os defensores do estatismo esparramado, background da nossa precária e infantil consciência política.

Usados em alta
Registros do Detran do ano passado revelaram 1,6 milhão de veículos usados com transferência de comprador contra 236.594 novos marcaram a oscilação no emplacamento. O registro de 2016 é o menor desde 2012 com 467.926.

Pró-Moro
Campanha pelas redes sociais, e em parte assumida por associações de magistrados, defende a designação do juiz Sérgio Moro para o lugar de Teori Zavascki. Ora, essa é impossível pela restrição óbvia de que o magistrado já teve função no caso e suspeito, portanto, pelas decisões tomadas, muitas das quais, ainda que não em maioria, modificadas pelo Tribunal da 4ª Região em Porto Alegre. A condição de juiz exemplar, tanto de Moro quanto de Zavascki, no entender da multidão, os transforma em heróis pela reconhecida tolerância institucional com a corrupção, mas o próprio desenvolvimento da Lava Jato vem demonstrando que não se limitam aos dois juízes os méritos do trabalho desenvolvido com os julgamentos em cima do mesmo tema.

Luta interna
Com a recuperação do Ibope de Beto Richa, ainda precária, mas indicando avanço, nem com essa melhora se dispõe a comandar o processo sucessório que está e não é para depois. Há quem lembre a sucessão de Munhoz da Rocha em 1955 que foi extremamente prejudicada porque nada menos de três candidatos se habilitaram: Mário de Barros, Othon Mader e Luis Carlos Tourinho. Resultado: Moisés Lupion voltou de talo erguido porque naquele tempo não havia segundo turno em que teria extrema dificuldade em vencer o médico Mario de Barros.
Munhoz não era um intervencionista, daí a derrota que seria impossível com Ney Braga, afinal mais determinado no exercício da liderança. Quando da sucessão de José Richa, Alvaro Dias pintou como o candidato natural da colegialidade partidária, tempos do PMDB e em que ainda Requião não apitava, mas se submetia. Atualmente, apesar de suposta preferência por Osmar Dias, defendida por um grupo forte, há pelo menos dois integrantes da base aliada, a vice-governadora e Ratinho Junior, a primeira em ofensiva nas bases apoiada pelo marido da pasta da Saúde que tira dividendos de suas ações municipais em favor da esposa.

Na internet
O muro das lamentações ou o antigo cenário das antigas palavras de ordem da política, a mídia social é o espaço da moda e ontem uma esposa revoltada se referiu ao fato de o seu marido ter sido obrigado a tirar o sapato para entrar numa agência bancária. O sapato era profissional e metálico. A exigência não era um ritual nipônico, mas imposição técnica para abrir a porta.

Folclore
Professores do Paraná não estão nem aí para levantamentos como o que mostrou a ausência de formação específica de docentes do ensino médio, como de resto não se constrangem com os maus resultados do Enem no Paraná como se nada tivessem a ver com isso. Se Beto Richa endurecer nas greves e cobrar os dias parados, acaba o oba oba que parece ser do interesse dos dois lados.