A deputada federal Luísa Canziani entrou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) solicitando a desfiliação do PTB, presidido por Roberto Jefferson.

Imagem ilustrativa da imagem Luísa Canziani entra com ação no TSE para deixar PTB
| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A parlamentar argumenta que Jefferson promoveu uma guinada ideológica na sigla, que se radicalizou ao se aproximar do bolsonarismo.

Nas redes sociais, o presidente nacional do PTB costuma publicar mensagens antidemocráticas em que defende o fechamento do STF (Supremo Tribunal Federal) e ataques a opositores de Jair Bolsonaro. Em mais de uma ocasião, gravou vídeos em que segura bastões, facas e revólveres e sugere agressões a antagonistas.

Na ação, Luísa também afirma que passou a ser alvo de mensagens caluniosas e de difamação por parte de membros do próprio partido após episódio em que utilizou um aparelho de gravação durante reunião com deputados no Ministério da Educação.

Ela diz que utilizava o aparelho a pedido de programa da TV Globo e que havia informado ao secretário executivo do MEC. No entanto, passou a ser chamada de "traíra", "x9" e "espiã" nas redes sociais por membros do PTB. Jefferson disse que ela estava expulsa do partido, e a comissão de ética do partido abriu procedimento para desligá-la.

A parlamentar afirma, então, que está sendo perseguida e que sua imagem está sofrendo prejuízo, e por isso pede que o TSE conceda sua desfiliação.

Em 2021, os deputados Felipe Rigoni (ES) e Rodrigo Coelho (SC), então no PSB, e Tabata Amaral (SP), no PDT, deixaram seus partidos após vitórias no TSE.

A deputada federal Margarete Coelho (PP-PI), que é advogada, assina a ação, junto com o advogado Luiz Fernando Pereira, de Curitiba. O relator da ação é o ministro Edson Fachin.

Luísa recebeu convites para se filiar ao PP e ao PSD. Seu pai, Alex Canziani, secretário de governo da Prefeitura de Londrina e ex-membro do PTB, irão para a mesma legenda.