Passada a campanha eleitoral, chegou a hora de os londrinenses escolherem seu próximo prefeito, vice e os vereadores que comporão a legislatura de 2025 e 2028 da CML (Câmara Municipal de Londrina). O futuro mandatário da cidade vai suceder o prefeito Marcelo Belinati (PP), que administrou a Prefeitura nos últimos oito anos e, por isso, não pode disputar o cargo novamente. A votação ocorre das 8h às 17h de domingo (6), em 1.181 seções eleitorais espalhadas por todas as regiões da cidade.

Londrina é o segundo maior colégio eleitoral do Paraná, com 399.736 eleitores aptos a votar. Se nenhum candidato a prefeito atingir 50% dos votos válidos mais um, o município terá segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro. A previsão é que o resultado seja divulgado duas horas após o fechamento das urnas.

Para este pleito, sete candidatos disputam a preferência do londrinense: o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), da coligação “Quem manda é o povo” (PDT e Federação PSOL/Rede); o policial militar Coronel Villa (PSDB), da Federação PSDB/Cidadania; o deputado federal Diego Garcia (Republicanos); a educadora Isabel Diniz (PT), da Federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV); a ex-secretária Maria Tereza Paschoal de Moraes, a Professora Maria Tereza (PP), da coligação “Pra Londrina seguir crescendo” (PP/Podemos); o deputado estadual Tercilio Turini (MDB), da coligação “Cuidar de Londrina” (MDB/PSB/PRTB); e o deputado estadual Tiago Amaral (PSD), da coligação “A Londrina que queremos” (PRD/PL/PSD/Agir/Avante/União).

Para o Legislativo, 337 candidatos (do total de 345, oito foram considerados inaptos pela Justiça Eleitoral) concorrem a uma das 19 cadeiras.

Em Londrina, o maior local de votação é a unidade Catuaí (zona sul) da Faculdade Anhanguera/Unopar, onde votam 8.690 eleitores em 23 seções. O menor é o HU (Hospital Universitário), com 52 eleitores e apenas uma seção.

No total, são 4.724 mesários disponíveis para trabalhar no domingo. A cidade conta com quatro ZEs (Zonas Eleitorais): 41ª, 42ª, 146ª (também responsável por Tamarana) e 157ª.

Para a votação, o eleitor pode levar o número dos candidatos - a famosa “colinha”. O primeiro voto é destinado ao cargo de vereador, com cinco dígitos, e o segundo ao de prefeito e vice-prefeito, com dois dígitos.

É possível consultar seu local de votação por meio do Autoatendimento Eleitoral, disponível no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ou pelo aplicativo e-Título, que pode ser baixado nas lojas virtuais Google Play e Apple Store até este sábado (5).

‘ADESÃO EM MASSA’

O juiz Mauro Ticianelli, responsável pela 157ª ZE, explica que as urnas em Londrina são novas - modelos 2020 e 2022 - e todas foram testadas. “A expectativa é que todas funcionem perfeitamente tanto na recepção do voto quanto no fechamento e transmissão”, afirma. O magistrado projeta uma “adesão em massa” do eleitor londrinense, que teve índices elevados de abstenção nos últimos pleitos.

“Tivemos uma grande procura por regularização de títulos e novos cadastros em maio. É a primeira eleição completamente livre de restrições por força da pandemia e o tempo promete estar firme. Todas as nossas equipes ficariam extremamente gratas se houvesse uma abstenção muito pequena”, acrescenta.

Na sua avaliação, a campanha eleitoral deste ano foi curta para permitir menores custos e “alguma igualdade de armas entre os candidatos”.

“Recebemos reclamações e representações por irregularidades em menor número que qualquer média do Estado ou do Brasil e todas elas foram apuradas, invariavelmente com reparo dos erros pelas equipes dos candidatos”, completa.

DOCUMENTO

No domingo, o eleitor precisa apresentar um documento oficial com foto - o que inclui a CNH (Carteira Nacional de Habilitação), carteira de identidade, passaporte, carteira de trabalho etc. O e-Título é válido apenas para quem já realizou o cadastro biométrico. Qualquer pessoa com o cadastro eleitoral regular pode votar, mesmo não tendo sua biometria registrada.

PODE E NÃO PODE

A Justiça Eleitoral informa que, no momento do voto, “toda manifestação silenciosa e individual” é permitida.

“É proibido, entretanto, aglomerações de pessoas com roupas ou instrumentos de propaganda eleitoral de determinado partido, coligação ou federação e o porte de armas a menos de 100 metros das seções eleitorais, exceto para os integrantes das forças de segurança, quando autorizados”, diz o TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná).

“São considerados crimes eleitorais os seguintes comportamentos: usar amplificadores e alto-falantes para promover candidatos ou agremiações partidárias; promover comícios, carreatas e passeatas; realizar boca de urna ou distribuir ‘santinhos’; e entregar camisetas ou divulgar propaganda de candidatos ou partidos políticos. Na cabina de votação, também é proibido o uso de quaisquer objetos que possam comprometer o sigilo do voto”, completa.

DENÚNCIAS

O TRE-PR possui plataformas para combater a desinformação durante o pleito. O projeto “Gralha Confere” recebe dúvidas pelo WhatsApp (41) 3330-8500 sobre conteúdos que envolvem o processo eleitoral, a segurança do voto e a legitimidade da Justiça Eleitoral. Após a denúncia, são produzidas checagens jornalísticas sobre o tema, publicadas no site da iniciativa.

O sistema de alertas “SIADE” e o disque-denúncia “SOS Voto - 1491”, do TSE, também recebem demandas relacionadas à desinformação nas eleições. Pelo aplicativo Pardal, podem ser encaminhados relatos de casos de propaganda irregular e outras infrações eleitorais, que serão encaminhados ao Ministério Público Eleitoral.