O programa político do candidato à Prefeitura de São Paulo, Paulo Maluf (PPB), no rádio não foi ao ar ontem no horário eleitoral da manhã. Três liminares foram obtidas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) no Tribunal Regional Eleitoral. Uma delas determinou a suspensão da propaganda em que são feitas críticas à adversária Marta Suplicy quanto à sua defesa à possibilidade de aborto.
A outra propaganda suspensa destaca declaração da candidata de que teria experimentado maconha na juventude. A terceira liminar se refere a propagandas em que são usadas imitações das vozes de Marta e do presidente de honra do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva.
Maluf classificou a decisão do TRE de ‘‘absurda e anti-democrática’’. Para ele, a suspensão significa censura prévia. ‘‘Se houve ofensas, o certo seria permitir à dona Marta o direito de resposta’’, analisou Maluf. O candidato disse que seus assessores jurídicos iriam recorrer da decisão.
O pepebista aproveitou a polêmica para voltar a a atacar a adversária. ‘‘Católico que tem vergonha na cara não vota em dona Marta, do PT, que defende o aborto; evangélico que tem vergonha na cara também não vota em dona Marta’’, afirmou Maluf.