Cascavel - O Tribunal Regional Eleitoral confirmou a sentença do juiz Rosaldo Elias Pacagnan que cassou temporariamente, em 2001, o mandato do vereador de Cascavel, Rui Capelão Cardoso (PDT). Derrotado na Justiça local, Capelão entrou com recurso junto ao TRE para tentar reverter a decisão. O recurso foi julgado e negado por unanimidade de votos. O vereador, que permanece no cargo, poderá entrar com novo recurso, desta vez, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Rui Capelão foi denunciado à Justiça pelo ex-cabo eleitoral Nino Pastore. Pastore revelou a existência de um contrato, no qual o então candidato se comprometia a dar a ele um cargo de assessor parlamentar em troca de serviços e ajuda financeira na campanha. Baseado no documento e depoimentos tomados tanto do então cabo eleitoral e de outras pessoas que acusaram Capelão de ter comprado votos para se eleger, Pacagnan cassou o mandato por um ano e nove meses.
O caso levou a Câmara a criar a primeira comissão processante de sua história, em fevereiro do ano passado. Depois de 90 dias de investigações, os componentes - Aparecido José Dias (PDT), Jadir de Mattos (PTB) e Reinaldo Vilela (sem partido) - pediram a cassação de Capelão. O relatório, entretanto, não foi aprovado pelos vereadores na sessão instalada para o julgamento político do legislador. Para aprovar o documento, eram necessários 14 votos, mas houve empate (10 pela cassação e 10 pela absolvição). O vereador Rui Capelão disse ontem que se for necessário irá recorrer ao TSE para se manter no cargo.