Imagem ilustrativa da imagem Justiça derruba obrigação de oito réus da ZR-3 ficarem em casa à noite

O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Rocha, revogou na última sexta-feira (12) a determinação de oito réus da Operação ZR-3 de permanecer em casa no período noturno. Deflagrada em janeiro de 2018, a investigação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) descobriu um possível esquema criminoso que mudava o zoneamento de algumas áreas específicas na cidade. Os promotores denunciaram 13 pessoas, como os vereadores Rony Alves e Mário Takahashi, que continuam afastados da Câmara Municipal, além de empresários e servidores públicos.

A medida vale para Takahashi, Vander Mendes Ferreira, Luiz Guilherme Alho da Silva, Brasil Filho Theodoro Mello de Souza, Ossamu Kaminakagura, Homero Wagner Fronja, Evandir Duarte Aquino e José de Lima Castro Neto. Na mesma decisão, o magistrado fixou o prazo de 15 dias para que os acusados se ausentem do município sem precisar de permissão judicial. O despacho traz a informação de que o MP não se opôs à derrubada do recolhimento noturno.

A última audiência no Fórum ocorreu no dia 20 de março, quando foram ouvidas 24 testemunhas de defesa. Outras cinco prestarão depoimento em 29 de maio, mesma data em que os réus serão interrogados. O esquema-base da ZR3 foi delatado pelo agricultor Júnior Zampar. Em dezembro passado, ele contou ao Gaeco que foi abordado e ameaçado por Rony Alves na frente de uma agência bancária da avenida Santos Dumont, zona leste.

A denúncia fez com que Alves fosse preso por descumprir o distanciamento determinado pela Justiça. O episódio mais recente envolvendo ele e Takahashi envolveu a opção da Mesa Executiva do Legislativo em não acatar a recomendação administrativa da promotora Sandra Koch em anular a investigação interna dos dois parlamentares. Ela queria que a sessão de julgamento que culminou na absolvição fosse cancelada. O procurador da Câmara, Miguel Aranega Garcia, avaliou que o rito adotado pela Casa foi "juridicamente legal".