O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Delcio Miranda da Rocha, desobrigou nesta quarta-feira (30) o empresário Homero Wagner Fronja e o ex-chefe de gabinete do vereador Rony Alves (PTB) na Câmara Municipal, Evandir Duarte de Aquino, de usarem tornozeleiras eletrônicas por conta da Operação ZR-3, onde são réus com mais 11 pessoas. Nos dois casos, o magistrado escreveu na decisão que "reconhece que os fatos investigados são graves, mas percebe-se que não há notícia de que a liberdade dos acusados possa influenciar negativamente a oitiva de testemunhas arroladas por outros denunciados".

O Ministério Público elencou os motivos para pedir a renovação do monitoramento eletrônico. Entre os argumentos apresentados, os promotores justificaram que não houve alteração fátia a permitir a revogação da medida, que a tornozeleira é imporante para garantir a ordem pública e a instrução processual; que ainda está pendente a realização de audiência de instrução e julgamento e que há risco de obstrução à coleta da prova, constituindo a revogação um desestímulo à possibilidade de cooperação por parte de terceiros.

Com o despacho, Aquino e Fronja comparecerão ao Creslon (Centro de Reintegração Social de Londrina) para retirar os equipamentos. Para este último, a Justiça determinou também que ele não deixe a cidade por mais de 15 dias sem autorização. Quem também tirou o aparelho foi o vereador afastado Mário Takahashi (PV). Ele, porém, deve ficar distante 200 metros do produtor rural Júnior Zampar, denunciante da ZR-3.

Por outro lado, Rony Alves, também obrigado a ficar longe do Legislativo, ficará com a tornozeleira por mais 90 dias. Ele chegou a ser preso preventivamente no final de dezembro após supostamente ter ameaçado Zampar em uma agência bancária. A ZR-3 completou um ano em 24 de janeiro. O promotor Leandro Antunes adiantou que está estudando a possibilidade de entrar com recurso para derrubar a medida de primeira instância.