O presidente da CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização), Marcelo Cortez, concedeu a primeira entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira (18), após 10 dias da aprovação do projeto de lei, pela Câmara Municipal, que autorizou um aporte de até R$ 25 milhões para subsidiar o transporte coletivo. Com a aprovação da matéria pelo Legislativo, o município editou um decreto que definiu a nova tarifa, que passou de
R$ 4,25 para R$ 4.

Imagem ilustrativa da imagem 'Já enviamos toda a documentação ao Ministério Público', diz presidente da CMTU
| Foto: Vivian Honorato/N.Com

A nova lei não foi a única medida feita pela atual gestão para equilibrar as contas dos contratos com as duas empresas que operam o sistema, a Grande Londrina e a Londrisul. Em meados do ano passado, o município havia assinado aditivos nos contratos de concessão em cerca de R$ 21 milhões para cobrir prejuízos do ano de 2020 com a queda de passageiros. O acordo é alvo de uma notícia de fato aberta pelo Ministério Público do Paraná.

Questionado pela imprensa durante entrega de obras de um viaduto, Cortez respondeu que já enviou a documentação solicitada pelos promotores de Patrimônio Público. "Não temos dificuldade com isso. Todas as informações são públicas e todos têm direito. Não fugimos dos órgãos de controle, e não só do MP, prestamos contas ao Tribunal de Contas, à sociedade. Temos segurança naquilo que fazemos, tanto é que várias cidades estão fazendo ajustes no transporte coletivo."

O presidente da CMTU voltou a defender o aporte para o transporte coletivo. "Tratamos por arcar com a gratuidade do transporte e quem pagava era o próprio usuário do transporte coletivo. São pessoas de renda menor. O que estamos fazendo é arcando com essas gratuidades."

GRATUIDADE

O projeto do Executivo discutido em urgência na Câmara foi aprovado com uma emenda que impôs à CMTU a realização do controle de acesso e número de viagens dos passageiros isentos, além de garantir a qualidade do serviço prestado, com controle de manutenção dos veículos, cumprimento de horários e aumento da oferta das linhas. "As gratuidades já são controladas. Com exceção dos idosos, que entram pelos fundos dos ônibus, todas as outras gratuidades são controladas por meio do cartão transporte", afirmou Cortez.

Ele informou, sem passar um prazo, que a Secretaria do Idoso está desenvolvendo um tipo de cartão para esse público. "Logicamente que vai ser um cartão para o idoso ter acesso a outros serviços e outras facilidades Eles continuam ingressando pelo ônibus pela parte de trás e, por enquanto, não está sendo considerada a cobrança dessas pessoas."

Sobre as melhorias, Cortez disse que a CMTU está cobrando empresas e propondo inovações no sistema. "Estamos cobrando melhorias em tecnologia para ter controle total de gastos e custos. Aumentamos o controle de tempos de viagens. Com essas tecnologias podemos trazes mais segurança, mais agilidade e melhor serviço à população."

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