INFORME FOLHA
PUBLICAÇÃO
segunda-feira, 03 de setembro de 2012
Contra a corrupção
Um braço do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que tem o apoio do Ministério Público Federal, foi criado em Cambé (Norte) de olho no pleito de outubro. Hoje ocorre a primeira reunião do comitê municipal do MCCE, com a participação de promotores de Justiça e juízes eleitorais, candidatos a prefeito e vereadores e a sociedade civil. ''Começamos a nos organizar e queremos o apoio de todos. Nossa intenção é trabalhar na conscientização de eleitores, inibir políticos corruptos na prática de compra de votos e entregar o termo de compromisso contra a corrupção, que queremos que eles assinem e nos entreguem'', explicou o coordenador do comitê municipal, Paulo César Palhari.
Observatório
Segundo Palhari, o movimento em Cambé deve resultar na criação de um Observatório de Gestão Pública, para fiscalizar atos tanto do Executivo quanto do Legislativo municipal. ''Será um fato inédito na cidade, e histórico. Queremos fazer esse trabalho com a sociedade'', finalizou. A reunião está marcada para hoje, às 20 horas, no salão paroquial da Igreja Matriz de Cambé.
Matéria eleitoreira
O deputado federal Luiz Carlos Setim (DEM) classificou de ''eleitoreira'' a matéria publicada no domingo pela revista VEJA, que o acusa de usar informação privilegiada e influência política para viabilizar um empreendimento imobiliário em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, avaliado em R$ 12 milhões. O político disputa a eleição municipal deste ano, após ter sido prefeito da cidade de 1997 a 2004. VEJA alega que a filha do político teria pago apenas R$ 144 mil na área de 75 mil metros quadrados, pois ela alagava frequentemente na cheia do Rio Iguaçu.
Canal extravasor
A construção de uma canal extravasor na gestão do ex-governador Jaime Lerner regulou as cheias do Rio Iguaçu na região, livrando os lotes do problema. VEJA reclama principalmente disso. Para a FOLHA, Setim disse que a matéria ''falta com a verdade'' e que tudo não passa de ''coisa inventada''. ''O projeto (na região) é de dois anos antes de eu assumir a prefeitura, da época do ParanaSan, de 1995'', defende-se. ''Já ingressei com pedido na Justiça para direito de resposta'', ataca Setim. Em São José dos Pinhais, ele concorre contra o atual prefeito, Ivan Rodrigues (PSD), e o ex-presidente da Fiep Rodrigo Rocha Loures (PMDB).
Multifacetado
Enganou-se quem achava que o deputado federal Osmar Serraglio (PMDB) estaria mais interessado no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ter redigido o relatório da CPMI dos Correios. Ele mergulhou nas eleições municipais. Conforme a cidade, divide palanque com os mais variados deputados estaduais. Em Terra Roxa, com Fernando Scanavacca (PDT); Moreira Sales e Alto Piquiri, com o tucano Nelson Garcia; Toledo, com Elton Welter (PT). Fala bem de Beto Richa e diz ser um caminho para investimentos do governo Dilma.
Voto na legenda
O senador Roberto Requião (PMDB) não se segura pelo Twitter. No domingo, entre um pedido e outro de voto para a legenda, ele deixou escapar uma mensagem que assusta grande parte da bancada do partido na Assembleia Legislativa: ''abram o caminho de volta da seriedade''. Deputados estaduais temem que ele exija o PMDB para ser candidato ao governo em 2014 e articulam publicamente uma mudança ampla e irrestrita no diretório estadual, com eleições no final do ano.
Recesso branco
Ontem, uma atividade promovida pelo deputado estadual Gilson de Souza (PSC) tirou a Assembleia Legislativa do marasmo. O debate tratou das mudanças no Código Penal, em análise no Senado. Realizado no plenarinho, o encontro atraiu o senador Sérgio Souza (PMDB), o deputado federal André Zacharow (PMDB) e os estaduais Mara Lima (PSDB) e Edson Praczyk (PRB), além de representantes do Ministério Público (MP) do Paraná, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Associação Brasileira de Advogados Criminalistas. De consenso, somente a necessidade de mais prazo para análise da matéria polêmica, pautada inicialmente para dezembro deste ano.
Tapejara
O candidato a prefeito de Tapejara (Noroeste) pelo PPS, Noé Caldeira Brant, conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) reformar uma decisão do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná que o condenava por improbidade administrativa por supostamente ter feito mais de 400 pagamentos sem notas de empenho quando foi prefeito do município, entre 1997 e 2000. Além de ter sido enquadrado na Lei de Improbidade Administrativa, Brant teve os direitos políticos suspensos por dois anos pelo TJ - o que o impediria de se candidatar nessas eleições.
Reviravolta
Mas, uma decisão do último dia 28, do ministro do STJ Benedito Gonçalves, reformou a decisão do TJ por considerar que a conduta do ex-prefeito, de fazer os pagamentos feito sem nota de empenho, ''está inserida no campo da mera irregularidade administrativa''. Para o ministro, também não ficou claro qual teria sido o valor do dano ao erário no caso julgado pelo tribunal de segunda instância.
Pesquisa na Capital
Liberada ontem pela Justiça Eleitoral, a pesquisa Vox Populi da semana passada (encomendada pela Rádio e Televisão Bandeirantes e registrada sob o número PR-00087/2012) confirmou o cenário dos outros institutos: em Curitiba, empate técnico entre Ratinho Junior (PSC), com 28%, e Ducci (PSB), 27%. Fruet (PDT) tem 15% e Greca (PMDB) 9%, com Bruno Meirinho (Psol) registrando 1%. Foram ouvidas 800 pessoas nos dias 27 e 28 de agosto.