RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O prefeito Hildon Chaves (PSDB), 52, foi reeleito em Porto Velho, capital de Rondônia. Com 99,88% das urnas apuradas, ele tinha 54,47% dos votos válidos, contra 45,53% da vereadora Cristiane Lopes (PP), 36.

O tucano é advogado e foi promotor em Rondônia. Em 2013, deixou o Ministério Público, segundo ele, para se dedicar a empresas do ramo da educação das quais é dono.

Levantamentos do Ibope mostravam que Chaves já apresentava ampla vantagem sobre os adversários desde o primeiro turno. Na pesquisa de segundo turno do dia 21 de novembro, ele aparecia com 49% dos votos, contra 33% de Lopes.

Jornalista, a vereadora concorreu à Câmara dos Deputados em 2018, mas também saiu derrotada.

Em 2020, Lopes apresentou leve ascensão ao longo da campanha, tirando do segundo turno o candidato Vinicius Miguel (Cidadania). Em terceiro lugar no primeiro turno com 13,36% dos votos válidos, Vinicius declarou apoio a Chaves na reta final.

Em quarto lugar com 11,5% dos votos válidos, Breno Mendes fez uma live no Facebook dizendo que não apoiaria nenhum dos candidatos no segundo turno.

A campanha de Chaves recebeu R$ 1,2 milhão de doadores, sendo que ele próprio injetou R$ 300 mil. A direção nacional do PSDB colocou R$ 522.500.

Já a campanha de Lopes contou com um terço das receitas obtidas pelo prefeito. Ela recebeu R$ 407.900, sendo a maior parte, R$ 381.500, da direção estadual do PP.

Na campanha de 2016, Chaves era um estreante na política, que tinha como principal cartaz seu currículo como empresário.

Ao longo da campanha em 2020, ele apostou na narrativa de que foi um bom gestor na sua primeira administração, lembrando das obras que tocou à frente da prefeitura.

"Organizamos a casa e concluímos obras que eram prometidas há anos pelos gestores anteriores. Aonde não chegou, a obra vai chegar!", escreveu nas redes sociais na semana anterior ao segundo turno.

Já Cristiane Lopes insistiu na tese de que ela representaria uma mudança necessária na administração em Porto Velho. Nas redes sociais, também fez frequentemente referências à família e a Deus, citando salmos da Bíblia e buscando o voto religioso e conservador.

"Mais de 65% de pessoas votaram pela transformação de Porto Velho no primeiro turno. A mudança já começou. Vamos juntos, crescer ainda mais, e transformar nossa realidade para melhor", escreveu a vereadora nas redes na sexta-feira (27).

Além de Lopes e Chaves, concorreram à prefeitura de Porto Velho em 2020 outros 12 candidatos: Dr. Breno Mendes (Avante), Coronel Ronaldo Flores (Solidariedade), Lindomar Garçon (Republicanos), Pimentel (MDB), Ramon Cujuí (PT), Sargento Eyder Brasil (PSL), Samuel Costa (PC do B), Pimenta de Rondônia (PSOL), Edvaldo Soares (PSC), Leonel Bertolin (PTB), Pastor Leonardo Luz (PRTB) e Geneci Gonçalves (PSTU).

No primeiro turno, Rondônia teve a segunda maior abstenção do país: 27,8% dos eleitores não foram votar. O índice ficou atrás apenas do Rio de Janeiro, onde a abstenção foi de 28%.