Integrantes do movimento Brasil Católico, em companhia do deputado federal Filipe Barros (PSL), estiveram em um encontro nessa terça-feira (22) com o núncio apostólico da Santa Sé no Brasil, o arcebispo Giovanni d’Aniello – posto equivalente ao embaixador do Vaticano – para apresentar um dossiê com questionamentos sobre o que chamam de “aparelhamento político da Igreja Católica em Londrina”, parte da campanha “Tirem o PT do Altar”. Barros afirma que não faz parte do movimento. “Recebi um pedido de ajuda do grupo para marcar o encontro. Acompanhei quatro integrantes do grupo que levaram a preocupação do aparelhamento político na arquidiocese”, explicou o deputado.

O arcebispo Geremias Steinmetz. alvo de críticas de grupo
O arcebispo Geremias Steinmetz. alvo de críticas de grupo | Foto: Roberto Custódio

Segundo o parlamentar, o núncio ouviu aos relatos atentamente, mas não emitiu nenhum juízo de valor sobre o que foi apresentado. “Ele prometeu ler o documento entregue, mas aconselhou que o grupo buscasse a Arquidiocese de Londrina para conversar”, apontou Barros, que também teceu críticas. Ele afirmou que atualmente a Cúria da cidade emprega pessoas relacionadas ao Partido dos Trabalhadores e rememorou período que foi vereador. “Lembro-me de quando fiz o projeto sobre ideologia de gênero não houve nenhum pronunciamento, mas assim que começou a discutir a reforma da Previdência, uma nota foi emitida”, recordou.

A campanha crítica sobre a gestão da Igreja Católica na cidade começou em setembro, quando os primeiros outdoors foram instalados. O grupo faz uma crítica direta ao arcebispo Dom Geremias Steinmetz. A FOLHA procurou a Arquidiocese de Londrina para se pronunciar sobre o encontro do grupo e do deputado com o representante do Vaticano. A instituição informou que ainda não há um posicionamento sobre o assunto.