São Paulo - A CEF (Caixa Econômica Federal) começou ontem, em todo o país, um mutirão para a entrega de 330 mil novos cartões do programa Bolsa-Família, do governo federal. O objetivo do governo é garantir crescimento econômico e distribuição de renda para que menos famílias precisem de programas como esse.
O Bird (Banco Mundial) negocia com o governo brasileiro mecanismos para tornar mais eficientes os desembolsos do banco no país, e melhorar o fluxo de recursos. Um dos projetos já aprovados pelo banco para este ano prevê o desembolso de US$ 572 milhões para o Bolsa-Família.
Os titulares dos cartões deverão apresentar a carteira de identidade ou a carteira de trabalho na agência indicada. A notificação dos beneficiários é feita por afixação de listagens em lugares públicos como prefeituras, escolas, igrejas, centros comunitários e outras entidades de alcance local; por divulgação na mídia e em eventos de praça pública; além do envio de mala direta ao endereço do beneficiário, que é cadastrado pela prefeitura municipal.
No final do ano passado, após denúncias envolvendo recursos do programa Bolsa-Família, o ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, assinou um convênio para que o Ministério Público participe da fiscalização de programas sociais.
Na ocasião, o presidente Lula admitiu que possam haver ''desvios'' em programas sociais como o Bolsa-Família e o Fome Zero, mas defendeu as duas iniciativas do governo federal e o ministro Patrus Ananias. Na semana passada, Lula afirmou que o programa passará de 6,57 milhões de famílias atendidas para 8,7 milhões em 2005.